Durante o próximo fim de semana, entre 9 e 11 de Dezembro de 2016, irá decorrer em  Anaheim, Califórnia, EUA as finais da 2ª temporada da Esports Championship Series (ECS), as quais são organizadas pela FACEIT e que serão disputadas pelas 4 melhores classificadas da divisões online norte-americana (SK, Cloud9, OpTic e Immortals) e europeia (Astralis, FaZe, EnVyUs e dignitas).
 
Este torneio irá então ser disputado entre 8 equipas, as quais numa fase inicial serão dividas em 2 grupos de 4 equipas cada. Os grupos serão jogados em formato de double elimination com os primeiros jogos e o winners’ match de cada grupo a serem jogados à melhor de um mapa, enquanto que o elimination match e decider match serão jogados à melhor de 3 mapas.
Após ser concluída a fase de grupos irá ser jogada a fase de eliminatórias, a qual será jogada em formato de single elimination à melhor de três mapas.
 

fox irá cumprir 2 sonhos de uma vez só, jogar pela lendária organização SK e pela melhor equipa de CS do mundo
 
Para além de ser disputado entre algumas das melhores equipas do mundo e ter um prize pool de $750,000 este torneio marca o retorno da estrela portuguesa do CS:GO  Ricardo “fox” Pacheco aos grandes palcos pois irá jogar pelos actuais campeões do mundo SK no lugar de  Lincoln “fnx” Lau, o qual foi removido da equipa após alguns problemas internos.
 
Passando então à análise do grupo A, este é composto por Astralis, Cloud9, FaZe e OpTic. Tendo em conta a grande quantidade de torneios que têm sido disputados por estas equipas ultimamente, nas quais obtiveram resultados díspares, é difícil escolher 2 claros favoritos à passagem às meias finais.
 
Será desta que os Astralis ganham um grande torneio internacional? (Foto: HLTV.org)
 
Começando pelos dinamarqueses  Astralis, os seus resultados melhoraram bastante desde que nos finais de Outubro trocaram o capitão  Finn ‘karrigan’ Andersen por  Lukas ‘gla1ve’ Rossander, pois nos 2 eventos em lan em que participaram com o novo lineup, os Astralis conquistaram um 3º lugar na IEM Oakland e 2º lugar na ELEAGUE.
 
No entanto, embora a forma e os resultados tenham melhorado, esta equipa continua a ser perseguida pelo fantasma das meias-finais e finais que a acompanha desde a sua formação em Janeiro de 2016, especialmente na final da ELEAGUE que decorreu no passado fim de semana, em que eram os claros favoritos contra os norte-americanos OpTic e em que embora tivessem começado a final bem ao vencer o 1º mapa acabaram por perder os 2 seguintes resultando assim na vitória da equipa norte-americana, naquele que é talvez o maior upset de sempre no CS:GO. 
 
Assim sendo e tendo em conta o passado recente da equipa em fases de grupos, em que normalmente conquistam o 1º lugar com bastante facilidade, espera-se que mais uma vez o consigam aqui, mas o que irá acontecer depois na fase de playoffs é sempre uma grande incógnita com esta equipa que é capaz do melhor e do pior no mesmo dia
 

Foi desde a entrada de karrigan que os FaZe se tornaram realmente favoritos a vencer qualquer torneio (Foto: HLTV.org)
 
A outra equipa europeia deste grupo são os  FaZe, antiga equipa do jogador português  Ricardo “fox” Pacheco, que desde que recrutou  Finn ‘karrigan’ Andersen para ingame leader tem melhorado bastante a nível de jogo e resultados com dois terceiros lugares na IEM Oakland e ELEAGUE.
 
O grande problema desta equipa nas suas várias iterações sempre foi a falta de um claro líder a nível tático pois a equipa demonstrava sempre que a nível de skill conseguia bater-se sem problemas contra as melhores equipas a nível mundial mas faltava-lhe sempre um fio de jogo claro que a levasse à vitória final, o qual parece estar a surgir agora com a adição de karrigan á equipa.
 
Depois do brilharete na IEM Oakland em que venceram todos o jogos da fase de grupos, entre os quais estavam incluídos SK, NiP e Cloud9, e em que foram eliminados nas meias-finais pelos NiP, os quais viriam posteriormente a vencer o torneio, e da surpreendente eliminação nas meias-finais da ELEAGUE frente aos OpTic por 02, espera-se que esta equipa consiga conquistar o 2º lugar do grupo, mas necessitará de ter todos os seus jogadores no seu melhor nível para ultrapassarem as equipas norte-americanas. 
 
Irão os Cloud9 voltar a passar a fase de grupos de um grande torneio? (Foto: HLTV.org)
 
Passando agora à primeira equipa norte-americana do grupo, os Cloud9, depois da vitória espectacular nas finais da 4ª temporada da ESL Pro League em que bateram de forma clara os brasileiros SK na final por 21, perdendo o primeiro mapa em overtime e ganhando os seguintes por 166 e 165, não têm conseguido manter uma série de resultados positiva.
 
Depois dessa vitória em solo brasileiro,  Jake ’Stewie2k’ Yip e companhia têm apenas ficado apenas pela fase de grupos nos torneios internacionais em que têm participado, em especial na IEM Oakland, na qual tinham um grupo complicado com SK, NiP e FaZe, entre outros, e na DreamHack Winter, na qual desiludiram bastante ao serem batidos por Renegades e Gambit. Durante o último fim de semana estiveram a disputar o Minor norte-americano em que ficaram em 2º lugar ao serem batidos pelos brasileiros Immortals na grande final por 20.
 
Assim sendo, depois do factor surpresa que a equipa trouxe ao incorporar  Timothy ’autimatic’ Ta no lugar de  Alec ’Slemmy’ White e respectiva promoção de Stewie2k para ingame leader, que culminou com a vitória nas finais da ESL Pro League, parece que os Cloud9 estão a ter alguma dificuldade em estabelecer-se como a melhor equipa norte-americana o que faz com que não seja esperado que a equipa consiga apurar-se para as meias-finais neste torneio caso FaZe e Astralis não desiludam.
 
Foi a conquista da ELEAGUE o pico dos OpTic ou irão afirmar-se como a melhor equipa norte-americana? (Foto: HLTV.org)
 
Por fim, a última equipa deste grupo são os norte-americanos OpTic, os quais vêm de um brilharete nas finais da ELEAGUE em que saíram vencedores ao baterem os Astralis na final por 21, levando para casa $400,000.
 
Á semelhança dos Cloud9, esta equipa é capaz do melhor e do pior num espaço de semanas, pois a sua vitória na ELEAGUE não era esperada, especialmente depois da desilusão que foi a DreamHack Winter em que acabaram em último lugar no seu grupo com 0 vitórias e 2 derrotas para Gambit e Cloud9.
 
No entanto, há que enaltecer que desde a entrada de  Tarik ’tarik’ Celik para a equipa os resultados têm melhorado bastante com a vitória não só na ELEAGUE mas também na Northen Arena – Montreal em que bateram na final os favoritos G2 por 21, e também o bom resultado nas finais da ESL Pro League em que passaram a fase de grupos ao bater Liquid e Immortals sem grande dificuldade perdendo depois nos quartos de final para os seus rivais norte-americanos Cloud9.
 
Com tudo isto, é esperado que esta equipa crie bastantes problemas aos favoritos Astralis e FaZe mas que à semelhança dos seus rivais Cloud9 não passem da fase de grupos pois é uma equipa que depois das vitórias recentes irá ser tida mais em conta e estudada pelos seus adversários em mais detalhe.
 

 
Resumidamente, esperamos que Astralis e FaZe passem o grupo A em 1º e 2º lugares, respectivamente, mas não seria surpresa nenhuma se alguma ou ambas as equipas ficassem pelo caminho pois pela frente terão Cloud9 e OpTic que ultimamente têm tido resultados bastante animadores para a scene norte-americana ao vencerem os primeiros torneios internacionais de renome para esta região.
 
Amanhã iremos publicar a análise ao grupo B o qual é composto por SK, EnVyUs, dignitas e Immortals.