O portal do Fraglíder esteve presente no dia 1 de Dezembro na Clickfiel Arena para vos trazer uma cobertura completa do evento da Superliga BITZER de CS:GO. Às fotos que já se encontram na nossa galeria juntamos agora as entrevistas que foram feitas no evento, lançando a entrevista feita a Raphael "exit" Lacerda após a vitória na final frente aos Hexagone. Na presença de um elemento dos YNG Sharks que se sagraram campeões da Superliga, falamos sobre diversos temas incluíndo os balanços que são feitos da fase online e offline, expectativas criadas para esta final four, planos futuros para 2018 passando também pelo formato do evento e da experiência da equipa nestes últimos 5 meses que passaram em Portugal, bem como a competitividade que aqui encontraram.


Ficamos bastante tristes porque a gente sempre conversa é bola para a frente, a gente não pode deixar as derrotas abalar.

Fraglíder: Vocês vieram da fase online da Superliga BITZER onde fizeram um percurso imaculado, sem perder nenhum mapa e chegando agora à fase final em LAN, onde se sagraram campeões. Que balanço fazes da vossa fase online e da competitividade geral que encontraram em Portugal?

exit: No online, a gente conseguiu sair-se muito bem em todos os jogos sem qualquer derrota como você disse. A gente estava jogando muito bem, muito focado, levando muito a sério todos os jogos e resultou nisso. Trabalhar no duro e jogando muito sério a gente conseguiu sair sem nenhuma derrota no online mas tem muitas equipes fortes aqui – Alientech, Hexagone, K1CK também são muito bons. Hexagone que a gente enfrentou na final agora, é uma equipe muito promissora, eles são muito bons de mira e é basicamente isso.

Fraglíder: Chegando a Penafiel, na Clickfiel Arena para disputar a Final Four, vocês acabaram por perder mapas, algo que não aconteceu na fase online e vieram agora de uma final bastante disputada em que foi necessário ir ao quarto mapa em overtime para selar o vosso título. Estavas à espera de uma diferença tão grande do nível do online para a LAN? Achas que este evento ia correr de uma forma mais folgada ou era precisamente disto que estavas à espera tendo em conta que por exemplo, vocês perderam esta semana contra a equipa dos Hexagone no qualificador da Nations Elite Esports Cup?

exit: Não, a gente espera sempre jogos muito difíceis ainda para mais com outras equipes importantes aqui – as quatro melhores da Superliga. Mas o primeiro mapa que a gente perdeu hoje para a equipa dos defs, realmente a gente não esperava essa derrota e da forma como foi ainda, acho que foi 16 a 4 se eu não me engano; não sei se a gente entrou muito ansioso para vencer, se estava nervoso mas a gente veio para tentar ganhar todos os mapas e não perder nenhum.

Continuar como a gente estava online, a gente sempre soube que não seria fácil e há dois dias a gente perdeu para a Hexagone na NEE, foi um bate muito grande na gente, ficamos bastante tristes porque a gente sempre conversa é bola para a frente, a gente não pode deixar as derrotas abalar e aprender com as derrotas que são as que vão ensinar melhor. A gente vai tentar sempre aprender e evoluir.
 


O leo jogou bastante, foi o cara insano, jogou o campeonato inteiro insanamente.
Fraglíder: Em relação à final que acabaram de disputar e que culminou com a vossa vitória, como avalias a performance da equipa a nível individual na totalidade dos 4 mapas que foram disputados? Quem se destaca?

exit: Quem eu achei que jogou muito mesmo, fora do normal, foi o leo. Ele jogou bastante, foi o cara insano, jogou o campeonato inteiro insanamente e eu hoje na minha opinião joguei um pouco abaixo de mim, daquilo que eu consigo jogar. Eu tentei de todas as formas ajudar o meu time tacticamente apesar das balas não estarem entrando como entram normalmente mas tentando sempre animar o time, tentando ajudar sempre, puxando o caos.

Fraglíder: Entrando um bocado pelo formato que a organização decidiu adoptar, vimos 14 jornadas serem jogadas ao longo destes 3 meses online, tudo para acabar num dia em LAN. Gostaste deste formato? Se pudesses alterar alguma coisa, o que seria? Dar uma segunda oportunidade às equipas? Extender o evento offline e encurtar o online? O que mudarias para introduzir mais condições que fossem ao encontro daquilo que os jogadores pretendem?

exit: O formato que era MD2 com dois jogos em cada rodada, uma rodada por semana, eu achei bom. É parecido com a ESL Pro League que já existe e eu curto esse formato de empate, de time derrotado, time que vence e gosto também do formato de jogo de ida e volta. É melhor mesmo para os times treinarem, ter mais competitividade – o time por exemplo perder um jogo e poder se vingar do time com quem eles perderam.

A única coisa que eu mudaria, eu acho mesmo que a final na LAN seria em dois dias, eu acho que ficaria melhor. O que aconteceu aqui, duas semifinais num dia e a final noutro dia sendo um MD5, acho que seria perfeito porque chegando no final do dia, a gente no quarto mapa já estava muito cansada. A Hexagone que já estava desde manhã, deviam estar muito cansados também e é o único ponto que eu acho que mudaria mesmo, colocar a final em outro dia.

Fraglíder: Gostando deste formato atual, não abririas a possibilidade, por exemplo, de introduzir uma Lower Bracket ou um sistema diferente à entrada para os Playoffs como uma fase de grupos round robin para efeito de seeding. Eram formatos que tu consideravas que poderiam tornar as finais mais interessantes e com mais jogos ou achas que este formato é o modelo a seguir?

exit: Eu creio que este formato é um modelo bom para seguir na próxima temporada. Eu acho que eles conseguiram criar um modelo muito bom, copiando algumas coisas, mas acredito que é muito bom assim.
 


Muito ansiosos para jogar e estou confiante que a gente vai conseguir um bom resultado nos dois campeonatos.
Fraglíder: No que diz respeito à vossa experiência em Portugal, vocês estão aqui à cerca de 5 meses, altura em que a equipa foi formada. Vocês estão todos a morar juntos e contam a assistência do Hélder, coachi no vosso aspeto tático enquanto equipa. Que balanço é que fazes assim no geral da vossa experiência até agora? Sentes que possuem todas as condições que necessitam, que a equipa está a evoluir de dia para dia e quais são os problemas que vocês tem enfrentado no vosso dia a dia?

exit: Aqui em Portugal, a adaptação para mim que sou Brasileiro é muito fácil. É um país muito bom, muito parecido com o Brasil e então desde o início que eu já me sentia em casa mesmo. Aqui o pessoal é muita gente boa, muito simpático, a população é muito carismática mesmo e nós os cinco eu acredito que a gente está evoluindo muito, a cada dia treina mais, treina mais – ver nossos erros, corrige nossos erros e acredito que desde que chegamos aqui, melhoramos de uma forma absurda.

A gente tem muita coisa para evoluir ainda, a gente erra bastante e tem noção disso mas a gente vai estar sempre lutando, trabalhando para conseguir melhorar e quanto às condições, nós temos perfeitas condições de treino, a gente não tem nada que reclamar, temos tudo à nossa disposição. Com a nossa forma de trabalhar, a gente não tem muito que reclamar da Young Network Group.

Fraglíder: Acabando de se sagrar campeões da BITZER, o ano de 2017 está a acabar e não vão haver muitas mais competições para vocês competirem até ao próximo ano. O que guarda o ano de 2018 para os Young Sharks?

exit: Nesse final de ano, a gente ainda tem dois campeonatos – os Playoffs da ESEA, da nossa Liga da Open e também temos o campeonato em Bilbau que vamos jogar a Espanha. A gente espera ter bons resultados nesse campeonato, muito ansiosos para jogar e estou confiante que a gente vai conseguir um bom resultado nos dois campeonatos. Quanto a 2018, é continuar trabalhando, ainda mais forte e evoluindo cada dia mais – jogando todos os campeonatos possíveis que a gente conseguir e tentar ganhar todos.

Fraglíder: Parabéns pela vossa vitória na Superliga BITZER e até a uma próxima oportunidade!