Vamos entrar amanhã na fase principal do Major, com as 16 equipas participantes a poder garantir já o seu lugar no próximo Major, que irá decorrer em Berlim entre Agosto e Setembro e que será organizado pela StarLadder. 

O FRAGLíder decidiu recolher algumas das principais narrativas deste Major, entre elas a reunião de TACO, zews e felps nos MIBR ou o destino dos ENCE e NRG nesta fase. Como sempre haverá total cobertura do torneio onde vais poder ver resultados, highlights etc.

MIBR voltam à receita antiga com TACO, felps e Zews

O ano de 2018 não foi o melhor para a equipa do Verdadeiro, a equipa no ano passado teve de ultrapassar várias dificuldades que começou com problemas de comunicação quando os MIBR decidiram integrar dois jogadores norte americanos dos Cloud9, Jacky "Stewie2K" Yip para o lugar de Ricardo "boltz" Prass, ainda quando o quinteto brasileiro estava a representar a organização alemã dos SK, posteriormente já como MIBR a equipa também integrou outro jogador dos Cloud9 Tarik "tarik" Celik, esta dupla de jogadores conseguiu concretizar o sonho Americano depois de conseguirem vencer o ELEAGUE Major: Boston 2018.

Os títulos só sorriram à equipa de Gabriel "Fallen" Toledo no fim de Maio de 2018 quando venceram o Adrenaline Cyber League 2018 e pouco tempo depois também levantaram a taça do Moche XL Esports, em estreia absoluta em Portugal e com um Altice Arena esgotado. Apesar de não serem dois grandes títulos pela primeira vez a equipa americana dava sinais que poderia estar a recuperar a sua forma, no entanto até ao final do ano esta equipa apenas voltaria a vencer o ZOTAC Cup Masters e terminando o FACEIT Major London nas primeiras quatro posições.



O último torneio que FalleN venceu com felps e TACO foi a ESL One Cologne 2017.
Com esta fome de títulos por saciar, o ano de 2018 acaba com a revelação de que os MIBR chegariam a acordo com os Liquid e acabaram por trocar Jacky "Stewie2K" Yip por Epitácio "TACO" Melo e Wilton "zews" Prado numa altura em que os Liquid conseguiram chegar constantemente a várias finais. Durante algum tempo ainda houve algum mistério sobre qual seria o quinto elemento dos MIBR, alguns rumores apontavam Vito "kNgv-" Giuseppe, no entanto a história do jogador brasileiro com a organização dos Immortals, que comprou os MIBR, colocava um entrave entre as partes interessadas.

O jovem talento Kaike "kscerato" Cerato dos Furia também foi um nome que se fez repetir por alguns dos reports lançados, mas o negócio acabaria por cair após o valor pedido pelo jogador não ter agradado os MIBR que acabariam por optar por mais um jogador conhecido pelo lineup, João "felps" Vasconcellos na altura jogador dos INTZ que terminaram o ano com uma presença nas finais da ESL Pro League em Odense e ainda marcaram presença no PLG Grand Slam, durante a sua passagem pelos SK, antes de sair por problemas pessoais, João "felps" Vasconcellos ajudou a equipa a vencer 5 títulos internacionais.

Para este Major os MIBR voltam a reunir uma receita que está habituada a ganhar, no entanto será suficiente para enfrentar equipas como Astralis, Na’Vi ou Liquid?

Astralis podem igualar FNATIC com três vitórias em Majors

O tornado dinamarquês em 2018 deu poucas hipóteses ao resto das equipas no ano passado com dez vitórias em torneios internacionais, todos os jogadores da equipa estiveram dentro dos 13 melhores jogadores do mundo de CS:GO e ainda foram a primeira equipa a vencer o Intel Grand Slam, um prémio no valor de um milhão de dólares dado pela Intel à primeira equipa a vencer quatro torneios organizados pela ESL ou Dreamhack numa janela de dez torneios consecutivos.

Em 2019 os Astralis ja fizeram uma participação num torneio internacional, no iBUYPOWER Masters IV, uma competição um pouco abalada por problemas, entre eles uma ameaça de arma no recinto que obrigou a evacuar todas as pessoas. A equipa de Nicolai "dev1ce" Reedtz acabou em segundo lugar após perderem a final para os Liquid por 2-1, de referir que os Astralis já não perdiam um torneio desde o Blast Pro Series: Copenhaga que decorreu no inicio de Novembro e durante o ano de 2018 os dinamarqueses encontraram-se em cinco finais com os Liquid e venceram todas.


O último troféu levantado pelos Astralis foi em solo nacional no Blast Pro Series Lisboa.

Apesar de um ano repleto de títulos, os Astralis podem entrar num grupo ainda mais restrito de equipas. Caso vençam o IEM Katowice CS:GO Major, os dinamarqueses igualam os Fnatic em vitórias nestes torneios e ainda igualam os MIBR e Fnatic que até agora foram os únicos a conseguir vencer dois Majors seguidos.

O título que vai escapando a FaZe e Na`Vi

Dentro dos catorze Majors disputados os Ninjas in Pyjamas lideram com quatro segundos lugares, no entanto a organização sueca já venceu este troféu quando bateu os fnatic na final do ESL One: Cologne 2014. Logo a seguir aos NiP surgem os Na`Vi com um total de três finais, mas ao contrário dos suecos, a organização Ucraniana ainda não arrecadou nenhum Major depois de estar perto em Londres onde voltou a ficar pelo segundo lugar.

O ano de 2018 ainda assim deu alguns títulos à organização Ucraniana que conseguiu vencer torneios como ESL One: Cologne, StarSeries temporada 5 e ainda o BLAST Pro Series: Copenhaga. A adicionar aos títulos coletivos o talento individual de Aleksandr "s1mple" Kostyliev foi outro dos destaques do ano rematando com estatisticas como 1.33 de rating não dando qualquer chance ao resto da competição. A par dos Astralis, os Na`Vi também já tiveram uma participação num torneio, o GG.Bet Ice Challenge, onde os Ucranianos acabariam por terminar em segundo lugar com os North a levar a melhor numa série que terminou 2-0.


s1mple foi o jogador com maior rating (1.35) no Ice Challenge de Londres.

A outra equipa no mesmo comprimento de onda dos Na`Vi são os FaZe, uma equipa recheada de talento que há pouco mais de um ano eram os favoritos à vitória do ELEAGUE Major: Boston, mas que no final acabariam por saborear o gosto amargo da derrota numa final emociante em que os Cloud9 se sagraram os campeões. Após esta derrota a equipa de Ladislav "GuardiaN" Kovács só voltou a levantar um troféu em Sydney no IEM XIII e até ao final do ano só acabariam por ganhar mais dois torneios.

A equipa internacional esteve em Lisboa para o BLAST Pro Series onde acabariam na quinta posição e pouco tempo depois também anunciavam a passagem do in-game leader Finn "karrigan" Andersen para o banco de suplentes com Dauren "AdreN" Kystaubayev a ser a escolha para stand-in, uma vez que o testemunho de in-game leader foi passado para Nikola "NiKo" Kovač. O corpo técnico da organização também sofreu alterações com Janko "YNk" Paunović a ocupar o lugar deixado por Robert "RobbaN" Dahlström que abandonou a sua posição por motivos pessoais. Estas alterações já deram alguns frutos com a vitória dos FaZe no ELEAGUE CS:GO Invitational que decorreu no fim do mês de Janeiro.

Até onde podem chegar ENCE e NRG?

As duas equipas rookies deste Major que coneguiram ultrapassar o New Challengers Stage foram os NRG e os ENCE. Os americanos no último ano ficaram sempre muito perto de obter a qualificação tendo marcado presença tanto no minor para o ELEAGUE Major: Boston, como para o FACEIT Major London, mas apenas conseguiram obter a qualificaçao para o Major agora em Katowice. A equipa americana conseguiu durante o ano de 2018 estar tanto na temporada 8 da ESL Pro League e também na ECS conseguindo a qualificação para as fases finais de ambas as ligas e venceram o IEM Shanghai e o cs_summit3.

Quanto aos ENCE o lineup começou com o anúncio de Aleksi "allu" Jalli a meio de Março de 2018, oriundo de um projeto nos OpTic que não correu muito bem, e finalizam a sua equipa em Abril com a chegada de jogadores dos HAVU, SuperJymy e iGame. Rapidamente os ENCE fazem uma escalada na ESEA conseguindo passar da divisão Advanced para a MDL e ao mesmo tempo obter qualificações para torneios como ESL One: Cologne, fazendo um top 8 eliminados pelos vencedores do torneio Na`Vi, e ainda venceram a temporada 6 da StarSeries arrecadando 125 mil dólares.



A experiência de allu em equipas como NiP e FaZe podem ser decisivas para os ENCE no progredir da competição.
Num Challengers Stage muito difícil pela frente, tendo em conta que haviam equipas muito experientes nestes palcos como os fnatic, G2, Ninjas in Pyjamas e Cloud9, tanto os ENCE como os NRG não sucumbiram à pressão e conseguiram reservar o seu lugar na próxima fase, o percurso dos NRG foi feito sem qualquer derrota, enquanto que os ENCE sofreram apenas uma derrota frente aos Renegades na primeira série de qualificação, mas na quarta ronda de jogos conseguiram carimbar o seu lugar no New Legends Stage.

Para estas duas equipas é bastante possível chegar ao top 8 deste Major uma vez que grande parte das equipas ainda não tiveram muita competição após as mudanças que fizeram ou até mesmo pelo facto que este Major foi mais uma vez colocado a seguir às férias dos jogadores, isto pode abrir uma oportunidade para equipas que já tenham mais tempo de jogo causar surpresas.

Numa fase que continua a prometer muitas emoções fortes, poderás seguir a New Legends Stage da IEM Katowice a partir das 12:00 de amanhã na nossa cobertura.