A G2 conquistou este domingo a BLAST Premier: World Final 2022, em Abu Dhabi. A equipa europeia colocou um ponto final numa longa seca de títulos e terminou o ano da melhor forma, ao derrotar a Liquid na grande final por 2-0 (16-7 Inferno, 16-12 Mirage).
Inferno dominador da G2
O primeiro mapa não teve grande história. Apesar das duas equipas terem trocado force buys no arranque, a G2 pegou nas rédeas do encontro no momento em que o placard assinalava o resultado de 2-2 e arrancou para uma primeira parte quase perfeita. Rasmus “HooXi” Nielsen leu a estratégia da Liquid como um livro e conseguiu acrescentar imprevisibilidade ao jogo da G2, com a equipa a variar entre acelerações e um jogo mais lento.
Sem resposta para o T side apresentado pela equipa europeia, a Liquid passou muitas dificuldades nas primeiras 15 rondas. Sete rondas consecutivas para a G2 deixaram o resultado em 9-2 e desequilibraram por completo o mapa. Os norte-americanos ainda conseguiram dar uma pequena resposta, mas sempre que conseguiram vencer rondas, acabaram por sofrer o reset económico de seguida. Ao intervalo, vantagem clara da equipa de Ilya “m0NESY” Osipov por 11-4. Na segunda metade, a G2 fechou o mapa de forma relativamente tranquila.
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— G2 Esports (@G2esports) December 18, 2022
Mirage, o último desafio na BLAST Premier: World Final
O grande desafio para a equipa europeia veio a seguir: Mirage. Num terreno onde muitos outros tentaram e falharam perante a Liquid — nove vitórias em dez partidas no mapa nos últimos três meses –, a G2 tentava um desfecho diferente. Às primeiras duas rondas ganhas no CT side, a equipa da América do Norte respondeu com três na ofensiva. Mas a partir desse momento, só deu G2 durante grande parte da primeira metade. Sete rondas de uma assentada para o CT side colocaram o resultado em 9-3, mas a formação capitaneada por Nick “nitr0” Cannella minimizou estragos ao colocar as últimas três da primeira parte para reduzir para 6-9.
O pistol round da segunda metade era de extrema importância. Por um lado, podia colocar a Liquid definitivamente de volta ao encontro e colada ao adversário no marcador, mas por outro também podia aproximar ainda mais a G2 do troféu. Um ataque ao bombsite B foi bem sucedido por parte dos europeus, que aproveitaram também o anti-eco para dilatar a vantagem para 11-6.
O ponto de viragem foi quando a equipa norte-americana teve acesso a armamento. A defesa da Liquid tornou-se sólida como um muro de betão e o conjunto de Jonathan “EliGE” Jablonowski colocou cinco rondas consecutivas para empatar o mapa sem grandes dificuldades pelo meio.
No entanto, a muralha colapsou repentinamente logo de seguida. As dificuldades para chegar ao empate tinham sido perto de inexistentes, mas a Liquid nunca conseguiu confirmar a reviravolta e passar a liderar o mapa. Uma sequência de rondas da G2 foi capaz de escoar a economia adversária e a ótima ponta final dos europeus foi coroada com a vitória.
Quase três anos depois, a G2 volta a conquistar um torneio em LAN. A equipa europeia leva para casa um prémio de 500 mil dólares e fecha o ano da melhor forma possível.