A última atualização lançada pela Valve ao CS:GO ainda não foi estreada em encontros oficiais entre as melhores equipas do Mundo, mas já está a dar muito que falar e assim parece vir a continuar nos próximos tempos. Entretanto, um analista recorreu às redes sociais para explicar o impacto do nerf aplicado pela desenvolvedora do jogo à M4A1-S.
Nick “Lion” Todd foi o responsável por se debruçar sobre a “rifle da moda” de forma bastante pormenorizada. Mas, antes disso, é importante esclarecer qual foi a mudança aplicada à mesma: “O modificador de distância da M4A1-S foi reduzido de 0.99 para 0.94”, pode ler-se nas notas da atualização publicadas pela Valve. Uma diferença de apenas 0.05, mas que faz toda a diferença.
0.05 que significam uma bala extra
Esta redução de 0.05 aplicada pela Valve ao modificador de distância da M4A1-S praticamente anula a principal vantagem que a arma tinha em relação ao lado terrorista, que a tornava a meta do jogo e reforçava o domínio dos CT side. Tudo isto porque agora a M4A1-S necessita de cinco tiros na zona do peito para matar um adversário a longa distância em vários pontos dos diferentes mapas, quando anteriormente necessitava de quatro.
Uma bala pode não parecer muito, mas faz toda a diferença. É que o facto de matar a longa distância com quatro balas tornava a M4A1-S uma escolha quase obrigatória para os jogadores, uma vez que era mais rápida a efetuar uma kill do que a M4A4. Com esta redução para 0.94 e consequente necessidade de uma quinta bala para confirmar a kill, a arma já não é mais rápida do que a sua rival.
Ao longo de uma extensa thread no Twitter, Nick Todd deu a conhecer todas as localizações onde a M4A1-S já não tem essa vantagem em relação à M4A4. No entanto, é preciso ter uma nota importante em atenção: estes cálculos são apenas a contabilizar tiros no peito, pelo que a M4A1-S ainda pode efetuar kills nestes locais dos mapas com quatro balas, dependendo dos locais que as mesmas atinjam. Como Todd fez questão de mencionar, “isto é para o pior dos cenários em termos de disparos ao corpo”.
Spots on maps that require 5 shots to the chest with the A1-S, no longer making it ‘faster’ than the A4, a thread 🧵.
It’s surprisingly close when put in real world examples, enough to convince people to switch?
Mirage: pic.twitter.com/ERyhF0VttN
— Nick Todd 🦁 (@LionCS_) November 21, 2022
Há locais onde um tiro após um HS já não é suficiente
Perante toda esta discussão, uma outra dúvida gerou-se: e quando existe um headshot à mistura, a M4A1-S ainda só precisa de uma segunda bala para completar a kill? Não necessariamente.
Nick Todd respondeu às questões de um seguidor e exibiu também uma série de locais em vários mapas onde a M4A1-S perdeu a vantagem em relação à M4A4. Nas localizações apontadas pelo analista, e que anteriormente eram sítios onde a M4A1-S precisava de apenas um headshot e uma bala para efetuar a kill, agora são necessárias duas balas para além do headshot para garantir a eliminação. A M4A4, por outro lado, precisa de apenas o headshot e uma bala nessas mesmas localizações.
Ainda assim, há um mapa onde o nerf da M4A1-S praticamente não se sente em relação a este último aspeto relacionado com os headshots: Vertigo. O analista referiu que teve muito trabalho para encontrar um local no mapa onde a M4A1-S não continuasse a matar com um headshot e mais um tiro, tendo acabado por encontrar apenas um lugar onde isso deixou de acontecer.
Some of these are a little scuffed, but tbh this is probably a bigger deal than the other post.
HS+2 chest shots ranges where the A4 kills in HS+1.
Mirage: https://t.co/V3suAPHX8H pic.twitter.com/w0tDO4h9Pz
— Nick Todd 🦁 (@LionCS_) November 21, 2022
Após a confirmação do nerf por parte da Valve, houve quem mesmo assim se mostrasse reticente à mudança de arma, devido ao preço da M4A1-S (2900$) continuar a desempenhar um papel importante na gestão da economia dos defensores. No entanto, perante toda esta análise à modificação sofrida pela arma, a pergunta impõe-se: estará a meta da M4A1-S acabada e a M4A4 de volta ao trono? A resposta será certamente dada ao longo das próximas semanas.