

11 anos depois de ter iniciado a atividade no mundo dos esports, a Beyond the Summit (BTS) vai fechar. A notícia chegou esta segunda-feira (27) pelas palavras de David “LD” Gorman, gerente da empresa.
Depois de ter começado a trilhar o seu caminho com a produção de transmissões de Dota 2, a Beyond the Summit apareceu em abril de 2017 no cenário mundial de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) com o cs_summit 1. Diferente de todos os outros eventos pelo facto de reunir todas as equipas numa casa e ser jogado de forma mais descontraída, o torneio rapidamente recolheu o melhor feedback por parte dos participantes.
Perante o sucesso da primeira edição, dotada de 150 mil dólares em prize pool, seguiram-se mais quatro com o mesmo valor em prémios monetários e sempre com vencedores diferentes. Em 2020, os efeitos da pandemia de COVID-19 levaram a que o torneio fosse jogado, pela primeira vez, em formato online e dividido pelas regiões europeia e norte-americana. O ano de 2021 trouxe a sétima e oitava edições, as últimas, já sem a divisão regional mas ainda online.
Agora é garantido que não vai existir uma nona edição do cs_summit ou qualquer outro evento produzido pela Beyond the Summit. Numa longa mensagem, Gorman explicou que a empresa sempre arranjou uma forma de dar a volta às adversidades e continuar o seu caminho, mas desta feita não há volta a dar. Perante o atual cenário económico, a BTS não prevê conseguir sobreviver e optou por encerrar a atividade e libertar todos os seus funcionários enquanto ainda tem verbas para que estes sejam compensados de alguma forma.
“A nossa prioridade tem sido assegurar que a nossa equipa não fique pendurada. Temos vindo a acompanhar de perto a nossa situação financeira e chegámos a um impasse nas últimas semanas. Se continuássemos e as coisas não melhorassem, podíamos levar a empresa à ruína e não conseguir pagar nada a ninguém. Mas se libertarmos toda a gente agora, podemos dar-lhes um avanço para que pensem no que fazer a seguir e boas ofertas de rescisão”, escreveu David Gorman.
“Não queremos deixar as pessoas na incerteza, a pensar e a preocuparem-se constantemente com o momento em que o dinheiro vai acabar. Preocupamo-nos com toda a gente que ajudou a construir a BTS. Deram-nos tanto e merecem saber exatamente o que está a acontecer e ter a melhor hipótese possível de cair de pé”, pode ler-se ainda.
Ao longo da mensagem, Gorman revelou ainda que a empresa vai manter na lista de pagamentos durante as próximas duas semanas todo o staff com regime full-time. Para além disso, todos os funcionários que vão ser dispensados vão receber duas semanas de compensação monetária e ainda uma outra compensação monetária baseada no tempo em que trabalharam com a BTS. No que diz respeito aos funcionários residentes nos Estados Unidos, a empresa comprometeu-se ainda a continuar a cobrir os cuidados médicos até ao fim de abril.