dev1ce Astralis
Fotografia: Astralis

Depois de ter voltado à Astralis, Nicolai “dev1ce” Reedtz vai regressar pela primeira vez em mais de um ano a um torneio tier 1 em LAN. O sniper dinamarquês vai atuar com a equipa nórdica na BLAST Premier: Spring Groups 2023, que se joga em Copenhaga, e falou com o Pley.gg no media day da competição. O jogador analisou o regresso, a forma individual e a construção da nova equipa.

“Acho que tem sido muito bom, na verdade. Tenho-me focado em tentar chegar a um nível individual decente e que me deixe satisfeito”, começou por dizer o atleta dinamarquês, em relação ao que tem sido o regresso ao ativo. “Olhando também à equipa, quando eu cheguei existiam alguns percalços, mas agora com o Buzz e com a nova temporada tem tudo corrido bem. Os treinos têm corrido bem e a equipa também se sente bem. Mais do que conseguir resultados no início, é importante ter o treino certo e uma boa mentalidade, complementou.

“Não fui parte de todo o mau período [da Astralis], dizendo assim”, começou por alertar dev1ce quando questionado sobre como é que a organização da Dinamarca chegou ao atual quinteto. Mas a análise que fez é muito positiva: “O plantel agora é muito bom, na minha opinião. Temos as peças que precisamos e estou feliz com o que temos. Estamos ansiosos por jogar e tentar alcançar algo juntos”.

Olhando ao novo quinteto, dev1ce disse acreditar que em termos de roles, a Astralis está “melhor agora”, mas também alertou para um aspeto importante: “As roles no CS nesta altura são mais fluídas”, disse. “Claro que existe o AWPer e o IGL, mas os riflers têm que saber fazer tudo. Acho que era um problema na antiga Astralis. O blameF cresceu muito no papel que tem agora. Está a jogar mais no meio do mapa, o que lhe dá muito mais ação e vemos o talento dele a emergir. Tem estado nesse papel desde que cheguei, por isso é normal para mim. O Buzz acho que traz algum sangue novo à equipa, tem muito talento e é muito bom a jogar mais nas pontas do mapa”, analisou ainda.

dev1ce sem pressão no regresso

Naquele que é o primeiro torneio em LAN em mais de um ano, dev1ce terá as atenções especialmente centradas em si, mas nem por isso se sente obrigado a corresponder. “Espero jogar bem, mas estou a tentar não colocar tanta pressão em mim”, disse. “É o meu primeiro torneio de regresso e estou a tentar encarar as coisas com calma e relaxar. Acho que vou jogar bem, mas não estou à espera de muita coisa. Vamos ver”, acrescentou.

No que toca ao aspeto individual, o jogador de 27 anos sente-se “muito bem”“O nível individual de toda a gente também subiu. Para mim, nos torneios tier 1 o que também faz a diferença é saberes ler bem os teus adversários. Sinto-me bem em relação ao meu nível e sei que posso exibir-me a um grande nível, mas não quero criar muitas expetativas. É natural haver um período de transição”, afirmou.

Questionado ainda sobre se sente uma maior responsabilidade nesta nova Astralis, dev1ce disse sentir que a responsabilidade é diferente, mas não necessariamente maior. “Sinto que as minhas responsabilidades são diferentes, sim. Sinto que a AWP nesta meta geralmente dá um pouco mais de suporte em alguns mapas. É diferente em algumas coisas, mas é o que é. A responsabilidade é a mesma. Estou a jogar de AWP, tenho que acompanhar os melhores AWPers do Mundo. Essa é a minha responsabilidade. Fora disso, tenho de tentar apenas ajudar a equipa a desenvolver-se, a elevar a fasquia no treino, na forma como nos vemos como atletas profissionais. Queremos ser profissionais e tratar o jogo como um desporto”, concluiu.

A Astralis estreia-se na BLAST Premier: Spring Groups 2023 já esta quinta-feira (19). Os dinamarqueses medem forças com a Vitality, em mais um reencontro com os ex-companheiros Peter “dupreeh” Rasmussen e Emil “Magisk” Reif.