drop FURIA
Fotografia: João Ferreira/PGL

O atleta André “drop” Abreu esteve na Dinamarca para disputar o Red Bull Flick Invitational Copenhagen 2022, onde fez dupla com Gabriela “GaBi” Maldonado. Após ter sido eliminado do torneio, com derrotas para Heroic e Copenhagen Flames, o jogador da FURIA concedeu uma entrevista ao Dust2 Brasil.

drop começou por abordar o Red Bull Flick, torneio 2vs2 que terminou com a vitória da dupla finlandesa Puteli e 8Juho8. “Superou as minhas expetativas. Foi muito bom jogar com a GaBi. Não conhecíamos nenhum dos mapas que jogámos, mas foi uma boa experiência, até porque as partidas foram renhidas. Deu para jogar um CSzinho, divertirmo-nos, que é o mais importante” disse.

A prestação no IEM Rio Major e os elogios a arT

De seguida, o jovem jogador de 18 anos fez um balanço da prestação da FURIA no IEM Rio Major. “Infelizmente não conseguimos o título, mas temos que ficar feliz com a nossa trajetória neste torneio. Aprendemos muitas coisas neste Major, como lidar com o público, como lidar uns com os outros e como errar menos. Conseguimos evoluir não só como jogadores, mas também enquanto pessoas. Este campeonato foi muito especial, não apenas por ter sido no Brasil, mas pela nossa performance e por aquilo que aprendemos” afirmou.

O rifler brasileiro abordou a sua performance individual neste torneio. O IEM Rio Major foi o melhor torneio tier 1 para drop. O jogador conseguiu um rating de 1.06 e foi muito importante para o bom percurso da sua equipa.

“Acredito que temos vindo a melhorar o nosso jogo e eu individualmente também. Tenho conseguido entender melhor o que vai na cabeça do arT. Consigo encaixar mais as ideias dele no meu jogo e aprender mais com ele. Aos poucos, estou a ganhar mais experiência e a tornar-me o jogador que quero ser. O meu desempenho neste campeonato não se deve apenas ao meu trabalho, mas ao de toda a gente que faz parte da FURIA” atirou o jovem, elogiando o trabalho do staff da organização brasileira.

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drop ficou desolado depois da derrota contra a Heroic nas meias-finais do IEM Rio Major (Fotografia: ESL)

O jornalista pediu ao jogador para explicar melhor em que sentido consegue entender melhor o que vai na cabeça do seu In-Game Leader, arT, com drop a responder: “Na hora de preparar o jogo, o arT é uma pessoa que pensa muito à frente e consegue ler muito facilmente o jogo. Por vezes, ele chega e diz que os adversários jogam de certa maneira, e o que vão fazer contra nós. Eu respondo-lhe que não sei de onde ele foi retirar isso, mas, a verdade é que chega a hora do jogo e eles fazem aquilo que ele tinha dito. Se eu não o tivesse escutado, teria sido castigado”.

Ele é diferente, é muito inteligente. Eu sou dos poucos jogadores da equipa que consegue discutir com ele taticamente. Acho que nos entendemos e ele consegue-me ensinar bastante” acrescentou.

drop aborda a rotina nas férias

O Red Bull Flick Invitational Copenhagen 2022 foi o último compromisso competitivo deste ano para drop. O jogador falou um pouco sobre as férias que vai ter agora e sobre como se vai tentar preparar para a próxima temporada.

“As minhas férias não irão alterar muito a minha rotina diária. Eu sou uma pessoa que passa maior parte do tempo a jogar CS. Claro que estando em casa, aproveito para passar tempo com a minha mãe, mas eu gosto muito de jogar CS. A minha rotina vai ser essa: acordar, jogar CS o dia inteiro, passar um pouco de tempo com a minha mãe e voltar para o CS disse.

drop acredita que a pausa competitiva vai ser mais importante para os companheiros de equipa do que para ele (Fotografia: Stephanie Lindgren/ESL)

O brasileiro admitiu ainda que a pausa competitiva para os seus colegas de equipa é diferente. Eles são pessoas que ficam mais com a família, não jogam tanto CS nas férias, e por isso, este período é ainda mais importante para eles do que para mim. Recordando o primeiro semestre, tivemos resultado maus, acrescentando isso ao facto de estarmos longe da família, pesou bastante. Este é um momento muito importante para eles fazerem um reset. Apesar de termos conseguido um segundo semestre muito bom, agora é recuperar e focar no próximo ano, que se Deus quiser vai ser muito bom para nós”.

Os pontos a melhorar para 2023

drop apontou dois pontos nos quais se quer focar em melhorar para o próximo ano. O primeiro ponto no qual o jogador quer melhorar é a confiança.

É algo que me afetou bastante desde que estou na FURIA. Nos últimos tempos, tenho conseguido melhorar, os resultados estão a aparecer e isso faz com que a confiança também aumente. Espero conseguir manter isso para os próximos torneios” afirmou.

O outro ponto no qual drop quer melhorar é a motivação. “Quero ser uma pessoa que consegue melhorar o clima da equipa em todos jogos. Sou uma pessoa que consegue fazer isso, mas, em alguns jogos deixo a desejar”.

No próximo ano pretendo melhorar isto, e quem sabe conseguir alcançar o meu objetivo de levantar um troféu num torneio tier 1 atirou.

Confiança e motivação são os dois aspetos que drop quer melhorar para o próximo ano (Fotografia: Stephanie Lindgren/PGL)

drop acredita que a FURIA está perto de levantar um troféu

Para terminar esta entrevista, o rifler falou sobre este seu sonho de conquistar um troféu em um dos maiores torneios do mundo, afirmando que acredita que a equipa está bem perto de conseguir conquistar um destes torneios.

Não sabemos dizer quão distante estamos, mas, vamos trabalhar muito para que essa distância diminua cada vez mais e para que possamos conquistar esse tão desejado título, seja de uma IEM Katowice, IEM Cologne, ou até da IEM Brasil, que está aí à porta” concluiu.