O presidente francês não gostou dos planos do Google de indexar livros somente em inglês, com predominância do pensamento anglo-saxónico, e quer que a comunidade europeia tenha um sistema de busca próprio para fazer o serviço.

O presidente francês Jacques Chirac deu sinal verde para que o director da Biblioteca Nacional de França, Jean-Noel Jeanneney, encontre um meio rápido de colocar o maior número possível de obras literárias europeias na Internet.

Chirac não gostou dos planos do Google de indexar livros somente em inglês, com predominância do pensamento anglo-saxónico, e quer que a comunidade europeia tenha um sistema de busca próprio para fazer o serviço.

”Vamos encontrar uma forma para que as coleçcões de livros de autores franceses e do resto da Europa estejam facilmente disponíveis na Web”, disse Chirac em nota oficial.

No início do mês, Jean-Noel Jeanneney referiu-se aos planos do Google dizendo que não gostaria que se falasse sobre a Revolução Francesa somente em livros seleccionados pelos Estados Unidos. “É possível que a nossa ideia sobre o tema seja pior, mas será nossa”, ele declarou à Reuters.

Como se sabe, o Google está a digitalizar parte do contéudo de grandes bibliotecas do mundo, entre as quais as das universidades de Michigan, Oxford, e Nova York. As páginas com os resultados dos livros investigados não terão anúncios mas irão conter links que levarão ao site da Amazon.com.

A tarefa proposta pelo Google é gigantesca: só para digitalizar a colecção completa de Michigan – sete milhões de volumes – serão necessários cinco anos. Segundo Paul LeClerc, presidente da Biblioteca Pública de Nova York, o projecto resolverá um antigo problema:

“Se, por várias razões, incluindo a distância, as pessoas não podem vir até nós, nós iremos até elas”, diz LeClerc.