A eliminação da FURIA no BLAST Paris Major 2023 em contornos chocantes, com três derrotas em outros tantos jogos, deixou o Counter-Strike americano em alvoroço, mas a Liquid surgiu bem a tempo de fazer o salvamento. Perante a ameaça de o continente americano ficar sem um lugar direto na Legends Stage no próximo Major, a equipa de Jonathan “EliGE” Jablonowski fez o seu trabalho e impediu que tal acontecesse.
Depois de ela própria ter estado à beira do abismo logo na Challengers Stage, a Liquid tem vindo a apresentar uma trajetória ascendente em termos exibicionais e esta segunda-feira (15) garantiu um lugar na Champions Stage com uma vitória sobre a Into the Breach. Para além da importância que o triunfo teve para as ambições da equipa norte-americana em Paris, teve uma preponderância ainda maior para todo um cenário. É que se a Liquid fosse eliminada nesta fase, o último lugar direto de Legend que a América ainda tem direito num Major… perdia-se.
A última vez que o continente americano teve mais de uma vaga direta para a Legends Stage de um Major foi em Estocolmo, em 2021, com FURIA, Liquid e Evil Geniuses. Porém, nesse torneio apenas a equipa brasileira conseguiu um lugar no top 8 e em 2022, em Antuérpia, a América já tinha apenas uma vaga direta para essa fase da prova. Uma vez mais, a FURIA ficou no top 8 e segurou a mesma para o IEM Rio Major 2022, onde voltou a ser a única equipa do continente entre as oito melhores da prova, resultado que permitiu segurar uma vez mais esse lugar.
Porém, desta vez a FURIA falhou. Contudo, para o bem do cenário americano, a Liquid assumiu a responsabilidade e fez o trabalho que os brasileiros vinham a fazer há três Major consecutivos: garantir um lugar entre as oito melhores equipas e segurar um lugar direto na Legends Stage para o continente. Assim, no próximo Major a região americana vai manter exatamente as mesmas vagas, sendo uma para a Legends Stage e quatro para a Challengers Stage.