mantuu OG
Fotografia: João Ferreira/PGL

O polaco Mateusz “mantuu” Wilczewski foi recentemente substituído por Abdul “degster” Gasanov no lineup da OG. Em entrevista à Dexerto, o jogador de 24 anos analisou a mudança e a sua passagem de mais de dois anos pela equipa.

O membro mais antigo do lineup original da OG falhou a BLAST Premier Spring Final, em Lisboa, por ter contraído Covid-19 no Dubai, onde a equipa jogou um torneio. Enquanto estava em isolamento, mantuu viu degster ocupar o seu lugar de forma temporária, mas rapidamente percebeu que podia ter o lugar em risco. “Conversei com alguns amigos e disse que se fosse a OG, talvez corresse o risco e me substituísse”, começou por dizer.

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O AWP polaco compreende por isso a decisão da organização, mas também sabe que não tem culpa alguma neste desfecho. “Eu não tenho culpa nesta situação, sempre tive exibições decentes. Eu pensei que eles fossem correr o risco porque talvez o degster os consiga levar ao próximo nível”, disse.

No entanto, há uma coisa que mantuu lamenta no meio de toda a situação: a falta de comunicação. “Foi estranho. Não tivemos uma discussão sobre a situação. Não foi do género ‘talvez, de forma a melhorarmos e chegarmos ao próximo nível, te devêssemos substituir e arriscar por este caminho’. Nunca houve uma conversa. Foi basicamente ‘o degster é melhor, ele entra’. E eu fico fora. Pensava que os problemas iam ser falados e que eu ia mudar, porque se existisse um problema com a equipa ou algo do género, eu mudaria”, afirmou.

Aleksib originou mudança de estilo

Nos primórdios da OG, mantuu apresentava-se como um AWP agressivo e que procurava fazer as coisas acontecer para a equipa. No entanto, tudo veio a mudar quando Aleksi “Aleksib” Virolainen mudou lentamente o estilo da equipa.

“Na primeira vez que joguei com a OG, era um AWP agressivo e a construir jogadas, mas isso mudou lentamente para o sistema do Aleksi. Era do género ‘não faças isto, não morras’. O treinador ou o IGL, mesmo com o nexa, diziam-me para jogar como um AWP mais passivo. ‘Faz as kills e não morras, ajuda os colegas com a utility’. Com a adição do nexa, eu tinha uma função específica no T side em que não podia fazer jogadas. Outros riflers eram os playmakers”, explicou.

Reconhecendo agora que talvez tivesse sido melhor para si mesmo debater-se em relação à decisão e não jogar um estilo que não o favorecia, mantuu afirma que pretende voltar a recuperar a faceta de AWP agressivo no futuro. “Sinto que com uma maior variação entre passividade e agressividade, dependendo do mapa e da situação, posso elevar-me ao nível seguinte, ganhar jogos para a minha equipa e competir com os melhores AWP do Mundo”, concluiu.

Podes ler a entrevista completa aqui.