Uma das paranóias mais comuns relacionadas à internet é o medo de que informação “sensível” – métodos para transformar sabonetes em nitroglicerina, por exemplo – caia nas mãos de crianças ou terroristas. Bem, quem se preocupava com isso agora tem um motivo a mais para tremer: já é possível, graças à web, aprender a destruir a Terra.
Não se trata, vejam bem, de simplesmente destruir a raça humana ou o ecossistema, mas de dar cabo do planeta em si. Todas as 6.000.000.000.000.000.000.000 toneladas dele. Como diz um dos sites introdutórios ao tema, o Sam’s Archive, não se trata de uma tarefa fácil. A Terra foi feita para durar: já está aí há 4,5 biliões de anos e deve se aguentar por outro tanto. Exactamente por isso, o primeiro método é “tenham paciência”. Cedo ou tarde, tudo acaba.
Para quem preferir acelerar um pouco as coisas, há sugestões como construir foguetes gigantes para colocar a Terra no Sol, fazer o Sol explodir (levando a Terra junto), construir máquinas microscópicas que devorem todos os átomos terrestres ou criar um buraco negro que engula o nosso pálido ponto azul.
Há diversas outras sugestões no Sam’s Archive, mas esse site é apenas o começo da jornada virtual do destruidor de mundos aplicado. O próximo assunto pode ser a FAQ do grupo de discussão alt.destroy.the.earth. Ali encontra-se uma lista de “How to” (“como fazer”) com nada menos que 36 métodos. Alguns são simples, como a sugestão de que todas as centrais nucleares do mundo usem o Windows. Outras são um pouco mais complexas, como encher o núcleo da Terra com milho de pipocas e aguardar a explosão.
O passo seguinte é visitar o próprio grupo de discussão alt.destroy.the.earth. Uma vez lá, há uma boa hipótese de que descubram algumas das sugestões de Nikola Tesla (1856-1943). Tesla foi um génio científico, criador da corrente alternada e de vários dos princípios hoje usados em controlos remotos, sistemas teleguiados e na comunicação sem fio.
Ele também desenvolveu uma certa fama de cientista louco. Pelo menos uma de suas biografias (Tesla: Man Out of Time, de Margaret Cheney) diz que, em 1898, Tesla activou um pequeno aparelho que provocou um terramoto de baixa intensidade em Nova York. Planos para construir um dispositivo desse tipo, o Oscilador Tesla, popularmente conhecido como Máquina de Terramoto, podem ser encontrados na internet ou simplesmente comprados on-line.
Tesla também ofereceu uma ideia interessante para destruir a Terra: explodir cargas de dinamite num mesmo ponto do solo, a intervalos regulares de cerca de uma hora e meia – tempo que uma onda sísmica leva para circundar o planeta.
O efeito seria o mesmo de empurrar um balanço cada vez que ele chega ao ponto mais alto da sua trajectória: da próxima vez, ele vai chegar mais alto ainda. Ou, no caso, a onda sísmica seria reforçada a cada ciclo, até “partir a Terra em duas!”, nas palavras do próprio Tesla. Ele disse não ter testado a ideia por considerar o resultado da experiência “indesejável”.
Com tanto por onde se lhe pegar é só escolher o dia e a hora e vê-mos a Terra pelos ares portanto o conselho que se dá é o habitual “Não façam isto em casa,deixem para os especialistas na matéria como Tesla por exemplo….”