SAW MLP
Fotografia: Miguel Pinto/Fraglider

A SAW conquistou este domingo a décima temporada da Master League Portugal (MLP). A equipa de Christopher “MUTiRiS” Fernandes tirou o melhor proveito da vantagem de um mapa trazida da upper bracket e derrotou a FTW na Grande Final por 3-2 (16-9 Dust2, 14-16 Overpass, 14-16 Nuke, 16-9 Vertigo).

O primeiro mapa foi da escolha da fénix, mas os warriors apareceram com a lição bem estudada desta feita. Dust2 já tinha sido palco usado no encontro entre ambos na final da upper bracket e tinha terminado com um 16-9 a favor da FTW. O resultado manteve-se no dia de hoje, mas o vencedor mudou e foi a SAW a conseguir sair por cima.

Apesar do CT side não ter sido propriamente fantástico, já que a vantagem ao intervalo era de apenas 8-7, a equipa que lidera entre as portuguesas no ranking mundial da HLTV.org colocou o pé no acelerador no T side e nunca mais o tirou. Com Ricardo “roman” Oliveira e Tiago “JUST” Moura em grande plano individual, a SAW cedeu apenas duas rondas na segunda metade e colocou-se a um mapa da vitória na competição.

Overpass quase teve reviravolta épica

O terceiro mapa da série foi Overpass, o primeiro escolhido pelos warriors. Durante toda a primeira parte, a SAW pareceu sem ideias e a FTW dominou por completo com uma estratégia defensiva que incluiu planos de contenção para todas as eventualidades. Ao intervalo, o resultado era claro: 13-2 no marcador e a equipa de Diogo “DDias” Dias a ler o adversário como um livro.

No entanto, as coisas ainda não estavam terminadas. O mapa parecia resolvido, mas a SAW deu início a uma recuperação épica para regressar à discussão da vitória. João “story” Vieira assumiu papel de protagonismo com a AWP e ombreou com André “ag1L” Gil, que procurou levar a fénix para lá da linha de chegada e uma triple kill na ronda 28 ofereceu mesmo dois map points à sua equipa. O primeiro ainda foi anulado por um force bem conseguido pela equipa de MUTiRiS, mas uma entrada rápida no bombsite B resolveu a questão a favor da FTW.

FTW voltou a segurar no Nuke

O quarto mapa da série foi Nuke e a pressão continuava do lado da FTW, que estava obrigada a vencer para forçar o último mapa da Grande Final. A fénix decidiu tentar surpreender e escolheu começar ao ataque. As rondas inaugurais foram equilibradas e as duas equipas deram por si empatadas a quatro.

Foi nesse momento que a defesa da SAW começou a clicar. Os warriors conseguiram fugir com o resultado, mas ainda deixaram cair mais uma ronda antes de fechar a primeira metade com um sólido 10-5.

pistol round era de extrema importância para a FTW e a equipa de Renato “stadodo” Gonçalves conseguiu converter o mesmo, bem como o anti-force e logo a seguir o anti-eco. O marcador voltou a estar próximo, mas a vitória no primeiro buy round deixou a SAW com uma almofada de três rondas para procurar gerir.

Uma vez mais, a fénix aproximou-se e ficou a uma ronda do empate, mas a resposta foi imediata e a SAW passou para o 13-10 e para nova vantagem de três. Numa toada de parada e resposta, a FTW foi sobrevivendo e conseguiu mesmo reverter a desvantagem e chegar ao map point no 15-14. O último buy round decidiu tudo e Bruno “suka” Meira apareceu quando a equipa mais precisou para garantir o triunfo com um triple kill e forçar o quinto mapa.

 

Vertigo arrancou com vitória no pistol round para a FTW a defender. A fénix venceu as primeiras duas rondas, mas SAW respondeu com força: sete das oito rondas que se seguiram caíram para o T side dos warriors. A equipa de stadodo ainda voltou ao marcador com uma ronda de pistolas, mas levou de imediato o reset económico e a vitória na primeira parte foi garantida pela equipa de MUTiRiS.

FTW sentiu o encontro a fugir das mãos e na 12.ª ronda usou o terceiro e último timeout. Ainda assim, não conseguiu impedir que o adversário fechasse a primeira metade com dez rondas conquistadas. Como se tal não bastasse, a SAW saiu por cima no pistol round da segunda parte e colocou-se numa posição altamente privilegiada para conquistar a competição.

plant abriu a oportunidade de forceDDias deu essa mesma call, que veio a revelar-se acertada. A FTW venceu o force e obrigou a SAW a ter que fazer o mesmo, sob pena de ver a sua liderança tornar-se bem mais curta. Os warriors não o conseguiram, mas guardaram três pistolas e coletes para ter novo semi-buy. Desta feita, saiu por cima quem defendia e a SAW passou a liderar por 12-7.

Cada ronda parecia ser decisiva e a FTW conseguiu manter-se ligada ao jogo, ao vencer a ronda seguinte e que valeu por duas, já que forçou o adversário a um eco. A SAW voltou a comprar com o resultado em 12-9 e conseguiu colocar a AWP em story, tendo aproveitado ainda para uma pausa tática. No reatamento, os warriors voltaram ao placard e desta feita não mais olharam para trás.

SAW junta mais um troféu da Master League Portugal ao palmarés e sucede precisamente à FTW enquanto campeã nacional. Os novos campeões levaram para casa um prémio monetário de seis mil euros e asseguraram também a vaga na ESL Pro League Conference S17.