Segundo informações apuradas pela HLTV, as equipas participantes na BLAST Premier juntaram-se e estão contra a parceria que o organizador deste evento fez com a projeto da Arábia Saudita, NEOM.

Este parceria entre a BLAST e a NEOM foi anunciada no final de julho como um grande patrocínio para a entidade de torneios dinamarquesa, embora esta notícia não tenha sido bem aceite pela comunidade, devido ao governo do país do Médio Oriente estar relacionado com o abuso de tribos indígenas e com as leis anti-LGBTQ. 

A BLAST está a ser pressionada pelas equipas para cancelar o acordo com a NEOM

De modo a que as equipas possam expor o problema e dar a sua opinião sobre este assunto ao organizador do torneio, estava marcado para segunda-feira uma reunião em que o assunto debatido seria exatamente este.

A única equipa que se expressou publicamente acerca deste acordo foram os Astralis, na pessoa do seu CEO, Anders Hørsholt, que numa entrevista ao Politiken.dk considerou que esta parceria era inaceitável e que os Astralis de forma alguma poderiam ter a sua marca, jogadores ou parceiros ligados a empresas deste tipo.

Frankie Ward, bem como grande parte do talento já anunciou que caso esta parceria continue não irá trabalhar com a BLAST no futuro.

No entanto, não foram apenas as equipas que estão contra esta parceria, muito do talento que trabalha com a organizadora de eventos dinamarquesa já falou publicamente sobre este assunto, muitos deles recusando-se inclusive a trabalhar para a BLAST se este acordo perdurasse, como Dunca "Thorin" Shields, Frankie Ward, Harry Russel e o agora treinador dos Liquid, Jason "moses" O’Toole.

A BLAST não é a primeira empresa que enfrenta uma reação negativa depois de fechar parceria com a NEOM. Em League of Legends, a LEC (League of Legends European Championship) encontrou-se na mesma situação no final de julho, com o acordo a ser boicotado por membros da transmissão e da própria Riot Games, com a LEC a cancelar a parceria em menos de 24 horas após o anúncio.