Jesper "JW" Wecksell foi um dos convidados mais recentes para o The Richard Lewis Show, série para a qual o jornalista britânico convida vários nomes – e não apenas de CS – para conversas sérias e completas.

Desta vez, o convidado é o incontornável JW, que em julho foi movido para o plantel inativo da fnatic. Aos 26 anos, como revelou nesta entrevista, o galardoado jogador sueco quer provar que a idade é apenas um número. Para ele, é tudo “sobre motivação e trabalho”.

Um dos tópicos desta conversa passa pelo VALORANT. JW admite que considerou uma migração para o FPS da Riot, mas, apesar de ter gostado muito de jogar este título, é no CS que tem o seu coração. “Acho que estava perdido acerca do que fazer a seguidor, mas penso que um dia acordei e concluí que não iria desistir tão cedo do meu legado no CS”, admitiu.

Ainda sobre VALORANT, JW acredita que é “maior ameaça para o CS do que as pessoas pensam”. “Para mim, uma das coisas que ameaça [o CS] é o facto de ser um jogo tão acessível”, disse o “Wonderchild”, acrescentando que pormenores como um bom sistema de matchmaking é também vantajoso para o jogo da Riot.

“Sim, também há muita toxicidade no VALORANT, mas sinto que há mais no CS:GO”, contou o experiente jogador que tem três títulos de Major no currículo. JW gosta do papel da Valve, e até refere que a prefere à Riot, mas acredita que faltam certos recursos, como matchmaking ou anticheat. Nesse caso, “ninguém chegaria perto do CS”.

Ao longo desta conversa de mais de uma hora, no entanto, fala-se essencialmente sobre CS e sobre a carreira de JW. Um dos tópicos passa pelo momento em que foi afastado do alinhamento da fnatic, e o jogador confessa que ficou chocado, embora soubesse que não estava na sua melhor forma. “Suponho que não é normal alguém jogar durante tanto tempo na mesma organização, por isso senti-me perdido”, contou.

JW referiu que no final do ano passado começou a sentir-se mais consistente, por isso foi difícil quando lhe disseram que iriam buscar um novo AWPer. O sueco não concorda com certas decisões da fnatic, como o facto de um jogador que sempre foi rifle, Jack "Jackinho" Ström, atuar como AWPer principal.

Na sua opinião, e antes da nova aposta da fnatic, este período atribulado foi o pior da história do clube, mas afirma que também para ele foi o pior período em termos individuais.

Como podes ouvir acima, JW fala sobre a sua visão sobre o uso do bug de coach (“quando descobri foi um grande choque”), o momento em que ele e Olof "olofmeister" Kajbjer pensaram em desistir do CS:GO por causa da toxicidade da comunidade ou até o que tem em mente para o futuro.

Por entre outros temas, JW larga também algumas curiosidades ao longo da entrevista, como a aventura com a GODSENT ou as intenções que a fnatic chegou a ter para contratar Håvard "rain" Nygaard e Miikka "suNny" Kemppi.