Quase dois anos após o início da pandemia que abalou todo o mundo, só agora é que se começam a ver LANs a serem organizadas com mais regularidade. No caso do Counter-Strike: Global Offensive, a IEM de Colónia foi a competição que marcou esse regresso ao espaço físico e foi, aliás, o torneio mais visto este ano neste FPS.

Com a transição temporária para o online, levantaram-se muitas dúvidas sobre o número de espetadores em títulos como CS:GO. Na realidade, no entanto, não houve problemas com o facto de os jogadores estarem em casa e não frente a frente. A referida IEM, por exemplo, teve mais espetadores do que pessoas a jogar CS.

O primeiro Major em dois anos, a ser organizado pela PGL em Estocolmo, arranca no final deste mês e espera-se que tenha números melhores do que os que têm sido vistos até então – no final de contas, são os eventos mais vistos de sempre no CS:GO. Mas neste artigo vamos olhar para os que já aconteceram ao longo deste ano.

Os torneios mais vistos do ano

Como referimos atrás, a IEM de Colónia foi a competição mais vista ao longo deste ano. O torneio, que assinalou o regresso às LANs no CS:GO, teve um pico de espetadores em simultâneo de 842 968 e foram consumidas mais de 20 milhões de horas desta competição, de acordo com dados da Esports Charts.

Também este ano, decorreu o nono torneio mais visto de sempre. Estamos a falar da 14ª temporada de ESL Pro League, que teve mais de 700 mil espetadores e cerca de 30 milhões de horas consumidas pelos fãs deste desporto. Um pouco atrás está a BLAST Premier Global Final, que em janeiro viu 687 961 adeptos a acompanharem a competição em simultâneo – e isto, claro, através de diferentes canais.

A IEM de Katowice deste ano também teve bons números mas, embora esteja no top 11 de CS:GO, mais longe daqueles que chamaram particularmente a atenção. No total, foram 596 585 pessoas a ver ao mesmo tempo, com um total de 19 milhões de horas a serem consumidas.

Houve outros destaques ao longo deste ano, mas não tão bons quanto os atrás referidos. Ainda a decorrer, a IEM Fall na Europa já teve um pico de 193 mil espetadores, enquanto a já terminada IEM Fall na região CIS teve um máximo de 221 mil pessoas em simultâneo.

Sendo que estes RMRs são o último passo antes do aguardado Major, por que tantos fãs de CS:GO têm esperado, resta saber se esta competição da Valve conseguirá atingir números como o ELEAGUE Major de 2017 e 2018 ou até o IEM Katowice de 2019, torneios que tiveram picos superiores a 1 milhão de espetadores. Nós vamos estar cá para ver.

O crescimento também se deve às marcas

É claro que o desenvolvimento deste desporto não se faz apenas de jogadores ou clubes, até porque estes precisam de investidores que possam dar vida ao trabalho que tem sido feito. Há inúmeras entidades que fazem esforços neste sentido, como é caso de casas de apostas: além de ter projetos como a Betway casino, por exemplo, esta é uma marca que patrocina equipas de esports, como é caso da Ninjas in Pyjamas.

Aliás, a Betway desenvolve também vídeos sobre CS:GO, convidando nomes da comunidade para responderem a perguntas e muito mais, como podes ver neste exemplo. Até pode parecer que não, mas todo e qualquer detalhe dos diferentes agentes da cena ajuda a estimular o crescimento do jogo.

Mesmo que os números de CS:GO não tenham impressionado assim tanto durante este ano de 2021 – e isto se compararmos com os números que o VALORANT tem atingido em tão pouco tempo de vida – estamos a falar de um jogo que nasceu há mais de 20 anos. Considerando o desenvolvimento da indústria nos últimos tempos, é expectável que a evolução deste FPS da Valve não pare – bem pelo contrário – e que o iminente Major seja uma prova viva do poder deste jogo.