Depois da BLAST ter anunciado que não iria convidar equipas russas para os seus eventos, a ESL também tomou uma posição esta quarta-feira. Em comunicado, a entidade alemã anunciou que organizações com ligações ao governo russo não vão poder participar na ESL Pro League Season 15.
Esta medida afeta diretamente duas das equipas que deveriam participar na prova, a Virtus.pro e a Gambit. No entanto, a ESL está pronta para permitir a participação dos jogadores das respetivas equipas, desde que estes joguem sob "um nome neutro, sem representar o seu país, organização ou os patrocinadores das suas equipas nas suas roupas ou outras formas". Para além disto, também todas as competições programadas pela ESL na região CIS foram suspensas por tempo indeterminado.
As medidas da ESL visam as organizações com ligação ao governo russo, mas também indivíduos ou organizações aos quais tenham sido impostas sanções da União Europeia (UE) devido ao conflito. No caso da Gambit, os donos da organização são a MTS, a maior companhia de telecomunicações da Rússia e cujo principal nome é Vladimir Yevtushenkov.
Our statement on Ukraine.
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— ESL (@ESL) March 2, 2022
Yevtushenkov ainda não sofreu sanções nesta vaga, mas o Departamento de Estado dos EUA já considerou aplicar sanções ao oligarca russo, que é muito próximo de Vladimir Putin, no passado. Em 2018, Yevtushenkov foi colocado na chamada "Lista Putin" enquanto oligarca.
No caso da Virtus.pro, esta é detida pela ESFORCE Holding, com quem a NAVI cortou relações recentemente. A ESFORCE, por sua vez, é detida pela VK e esta é controlada pela MegaFon Techonology, uma parceria de negócios entre a seguradora Sogaz, a companhia petrolífera Gazprom e a Rostec, uma empresa de defesa. O USM Group detém 56% das ações da MegaFon e é gerido por Alisher Usmanov, um dos nomes que foram sancionados.