O número de computadores Windows atingidos pelo worm Blaster poderá ser muito maior do que o avançado nas previsões da maior parte das empresas ligadas à segurança informática, quando dados actualizados da Microsoft sugerem a existência de oito milhões de máquinas infectadas desde o Verão passado, altura em que foi detectado.
Os dados foram recolhidos com base na utilização da ferramenta anti-vírus que os engenheiros da gigante de software desenvolveram com vista à limpeza dos sistemas atingidos pelo worm, disponibilizada no passado mês de Janeiro online. Desde essa altura, o Windows Update da Microsoft já detectou 16 milhões de sistemas infectados pelo MSBlast entre os computadores que se ligam ao serviço, aos quais é proposto o respectivo patch e a utilização da ferramenta de desinfecção.
A dimensão da epidemia provocada pelo MSBlast excedeu as estimativas dos investigadores que acompanharam o worm desde que surgiu pela primeira vez. Reunindo a informação recolhida, é possível contar o número de endereços Internet a partir dos quais o malware se está a tentar propagar.
O Internet Storm Center salienta que as contagens baseadas em sensores ligados a dispositivos de rede vêem apenas os dados que estão fora do firewall da empresa. Muitas delas bloqueiam os dados que o MSBlast utiliza para se propagar. Além disso, os ISPs também bloqueiam os dados, reduzindo ainda mais o número aparente de sistemas infectados na Internet.