A história que envolve Heroic, Nicolai "HUNDEN" Petersen e jogadores parece não ter fim à vista. Esta sexta-feira, uma peça da Dexerto revelou uma série de documentos que parecem evidenciar que o clube dinamarquês tentou firmar acordos de sigilo com os seus jogadores.
Estes referidos contratos visavam impedir que jogadores pudessem falar, “durante 15 anos”, “sobre as alegações de cheats e do uso do famoso bug”, refere o jornalista Richard Lewis. Além disso, os documentos obtidos pela Dexerto mostram que um membro dos quadros da Heroic, Erik Askered, “acreditava que o treinador HUNDEN estava a [dar o corpo às balas] pela equipa e que ‘seria lembrado’ pelos seus esforços”.
Como já foi noticiado anteriormente no Fraglíder, HUNDEN admitiu o uso do bug, mas, numa fase inicial, havia dito que os jogadores não tinham conhecimento deste aproveitamento. No entanto, mais recentemente, o ex-treinador da Heroic revelou publicamente que pelo menos Nikolaj “niko” Kristensen e René “TeSeS” Madsen sabiam disto.
Nas palavras de Richard Lewis, “independentemente da veracidade” destas alegações, Erik Askered “não estava confiante de que os jogadores não estavam envolvidos e por isso apressou-se em criar documentação que impedisse os jogadores de” falarem publicamente sem consequências legais.
Latest for Dexerto: Documents show that Heroic created non-disclosure agreement to stop squad talking about cheating or bug use, Heroic management agreed banned coach Hunden "took a bullet" for the squad.https://t.co/nxEREzLvhg
— Richard Lewis (@RLewisReports) September 24, 2021
Ainda de acordo com a Dexerto, estes referidos contratos datam de 31 de agosto, dia em que HUNDEN recebeu um ban de 12 meses. Nos documentos apresentados pelo site, é possível ler que os envolvidos estavam impedidos de falar sobre “a possibilidade de usar cheats”, “informações sobre colegas” ou “qualquer discussão sobre bans de coaches”.
Com estes contratos, qualquer nome envolvido não poderia fazer declarações “públicas ou privadas”. Caso o fizesse – e isto independentemente do meio de comunicação – as multas poderiam chegar a um máximo de 500 mil dólares.
No entanto, certas cláusulas fizeram com que os jogadores “recusassem assinar” estes acordos. Fonte da Dexerto explica que esta decisão foi tomada pois os jogadores “acreditavam que não se poderiam defender publicamente caso fossem falsamente acusados”.
Apesar de não haver aqui provas do uso do bug, a peça da Dexerto afirma que mensagens entre Erik Askered e HUNDEN mostram que estes contratos pretendiam que a “versão original” dita à ESIC ficasse por aí; bem como que a equipa tentou manter HUNDEN no alinhamento, nem que apenas para participar em torneios que não integrem a ESIC.
E mais: segundo a Dexerto, a “fricção pública entre Heroic e HUNDEN” que se presenciou há uns tempos passa pelo facto de que, “entre outros pormenores”, o clube se pode ter atrasado no pagamento de certos prémios. No entanto, esta peça diz que a justificação está no facto de a “marca ter sido comprada pela Omaken Sports à Serenades”, o que pode ter atrasado essas questões.
Podes encontrar os documentos revelados pela Dexerto aqui.