O Longhorn, a próxima versão do sistema operativo Windows, deve chegar ao mercado no primeiro semestre de 2006, mas alguns recursos terão de ser cortados para que o produto seja lançado dentro do prazo previsto pela Microsoft.

Segundo a empresa, o Longhorn terá três avanços em relação às outras versões do Windows: o sistema de arquivos WinFS, um novo mecanismo de gráficos chamado Avalon e a arquitectura de serviços para Internet conhecida como Indigo.

“Pode ser que alguns recursos específicos dentro desses sistemas (WinFS, Avalon e Indigo) sejam removidos”, disse Greg Sullivan, gerente de produto da Microsoft. Em entrevista ao site “CNET News.com”, Sullivan não quis informar quais novidades serão removidas. “É uma questão de prioridade”, disse.

Até o momento, a Microsoft estava relutante em anunciar uma data para o lançamento da próxima versão do Windows – o principal produto da empresa. Bill Gates, presidente e co-fundador da companhia, disse que “provavelmente” o sistema operativo sairia em 2006.

Agora, disse Sullivan, a meta interna da Microsoft é fazer com que o produto esteja pronto até o primeiro semestre de 2006. Ainda assim, disse o gerente de produto, pode ser que a chegada do Longhorn atrase.

Service Pack 2

O desenvolvimento do Longhorn abrandou depois que a Microsoft deslocou parte da equipa de programadores para trabalhar no Service Pack 2, pacote de actualizações do Windows XP. O pacote, que deve sair ainda neste ano, terá várias correcções para problemas de segurança do Windows.

Segundo Steve Ballmer, um dos principais executivos da Microsoft, a segurança e a privacidade dos utilizadores são as prioridades da companhia. “Estamos a trabalhar para dar segurança aos computadores”, disse ele, recordando que 600 milhões de micros estão em rede por todo o mundo.

Segundo Ballmer, o reforço na segurança do Windows poderia atrapalhar o desenvolvimento do Longhorn.

A preocupação com a segurança em rede é cada vez maior após os frequentes ataques de vírus poderosos como o Mydoom, Sobig, Slammer e Blaster, que recentemente invadiram computadores em todo o mundo.

No que se refere à privacidade, entre 62% e 78% das mensagens que circulam pela web são spam (e-mails não desejados), segundo estimativas de especialistas em segurança.