O terceiro título da série Total War leva-nos, desta feita, ao tempo dos romanos para nos colocar na pele de um futuro imperador. O jogo está assente num excelente motor gráfico 3D que tornam as batalhas – com centenas ou milhares de soldados – melhores do que alguma vez se viu. O resultado ajuda bastante a sublinhar aquela que é a primeira impressão quando se experimenta o jogo: Rome: Total War é um GRANDE jogo!

O jogo está dividido em dois tipos de jogos distintos: o modo de campanha, por turnos, bastante semelhante a um Civilization, onde se movimentam exércitos, onde podemos planear ataques a cidades inimigas, preparar emboscadas e tratar pormenorizadamente das nossas cidades e exércitos. E o modo de batalha em tempo real, onde centenas de soldados alinham sob nosso comando para que, mediante um bom uso de tácticas e manobras, possam esmagar o inimigo.

Mas comecemos pelo princípio, o Tutorial apresenta-se bastante completo, podendo até tornar-se um primeiro jogo bastante interessante, para quem não está avidamente ansioso por começar a jogar o modo campanha. Cobre a grande maioria dos pontos importantes na gestão das cidades, como os impostos, as construções por que devemos optar ou o que fazer com uma cidade capturada, bem como as melhores maneiras de superar tacticamente o inimigo no campo de batalha.


Olha um gajo de roxo a arrear porrada neles!

Na campanha propriamente dita, podemos jogar com uma de três importantes famílias romanas, os Julii, os Brutii e os Scipii, para aumentar a glória de Roma, aumentando o poder e a influência da nossa família. As três famílias são romanas e em termos de unidades são iguais, no entanto, cada uma delas terá missões diferentes pelo caminho. Os Julii, do Norte da península romana, terão que lidar com os Gauleses e com os Germanos, atentos a emboscadas nas florestas e aos rigores do clima que, no Inverno e graças à neve, pode prejudicar a acção das nossas tropas mais leves. Os inimigos são exércitos compostos maioritariamente por bárbaros, algo desorganizados à primeira vista, mas que apostam na surpresa e na moral para destruir o inimigo.
Os Brutii terão que se haver com os Gregos, a oriente, bem como os Macedónios. Inimigos bastante organizados, bastante perigosos para a cavalaria. Por último, os Scipii, encarregues de lidar com os Cartagineses, no Norte de África. Estes podem revelar-se um osso duro de roer, fruto da sua cavalaria e dos elefantes, aliados às condições climatéricas do deserto, pouco propícias às tropas mais pesadas.

Claro que essa é apenas a capa do que é a campanha para cada uma das famílias. É que há uma quarta facção, que é Roma propriamente dita. Roma, a cidade. E é de volta de Roma que as coisas irão terminar. Mas até lá, o Senado de Roma irá atribuindo pequenas missões, desde embargar portos hostis até conquistar cidades inimigas. O sucesso nessas tarefas será premiado com dinheiro, tropas ou jogos no coliseu de Roma, a fim de aumentar a nossa influência junto do Senado. O cumprimento destas missões é opcional, mas deve ser levado a cabo com conta, peso e medida. É que, por vezes, Roma pede demais e somos obrigados a enfraquecer as nossas fronteiras apenas para as cumprir. Por outro lado, as missões têm o condão de sub-dividir em pequenas partes o objectivo de um jogo que, de outra forma, seria demasiadamente amplo. Convenhamos que conquistar Roma e manter 50 províncias não é propriamente tarefa fácil. As missões dão-nos então um rumo, pequenos objectivos para irmos atingir que nos levam ao objectivo final.

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