A Apple anunciou através da sua página a morte de um dos seus mais carismáticos impulsionares da empresa, Steve Jobs.

Aos 56 anos, Steve Jobs vinha combatendo um cancro que o fez sair da presidência da empresa da Maça. Jobs, frequentemente descrito como um empresário brilhante e um inventor visionário (tem o nome em mais de 300 patentes), é um exemplo do conceito americano de self made man.

Filho de mãe norte-americana e pai sírio, Jobs foi dado para adopção e acolhido por um casal norte-americano de raízes arménias. Após um percurso académico irregular, abandonou a universidade e abraçou o seu próprio projecto empresarial, num percurso com altos e baixos em que chegou a ser afastado da Apple, mas que culminaria com a transformação da companhia tecnológica na maior empresa do mundo em termos de capitalização bolsista.

Em 2004 descobriu que tinha cancro no pâncreas e recebeu um transplante de fígado em 2009. Nos últimos anos tinha já se tinha afastado várias vezes da liderança da Apple – no início a companhia começou por não admitir que fosse por doença -, mas só há dois meses Steve Jobs ‘sugeriu’ à administração o nome do seu sucessor, Tim Cook. Esta indicação foi lida como um sinal de que a saúde do fundador da Apple se deteriorara irremediavelmente.

Contrariamente a muitos gestores de topo, Steve Jobs tem uma legião de fãs, o que o aproxima mais de uma estrela musical do que de um homem de negócios. A seguir à demissão, surgiram em catadupa mensagens na Internet com desejos de melhoras e declarações de admiração, mesmo da parte de alguns críticos. Nos últimos anos, quando subia a um palco para apresentar um produto, era sempre recebido com uma ovação. Fê-lo pela última vez em Junho deste ano.

Steve Jobs é um génio, um visionário, e acima de tudo, um ser humano como qualquer outro. Alguêm que trouxe inovações fantásticas, sem as quais não conseguiriamos viver hoje, da maneira que o fazemos. O Fraglider endereça as mais sinceras condolências à familia Jobs.