Depois de abrirmos o ano de 2020 com uma review do aclamado rato Razer Viper Ultimate que mereceu uma nota 9.0 da nossa parte, o Fraglíder teve em mãos para teste a mais recente entrada na família de ratos DeathAdder.

A nossa 11ª review efetuada junto dos nossos parceiros Razer leva-nos até ao sucessor do Razer DeathAdder Elite lançado em 2016, modelo do qual também demos a nossa opinião meses mais tarde, fazendo agora o paralelismo entre ambos e analisando a mais recente versão da jóia da coroa.


O Razer DeathAdder é o produto mais icónico da marca e conhecido mundialmente. (Imagem por Razer)

Com várias versões lançadas desde que veio ao mundo em 2006, o Razer DeathAdder atingiu em Junho do ano passado a marca das 10 milhões de unidades vendidas, sendo já um produto de culto entre os fãs e seguidores do trabalho da multinacional sediada na Califórnia, Estados Unidos da América.

Essa marca está também representada na caixa do produto, destacando-se também como características de venda o já clássico formato ergonómico do rato, a presença do Chroma RGB e o facto do Razer DeathAdder V2 possuir o sensor óptico Focus+, permitindo até 20,000 DPI e estando também integrado em produtos como o Razer Basilisk Ultimate.

Ao abrir a caixa, o utilizador encontra o manual de instruções, autocolantes da marca e o produto que requer o Razer Synapse 3 para funcionar corretamente, sendo logo exigida mal o rato é conectado ao computador a instalação desse software que, apesar de não ser intrusivo, poderia muito bem ser opcional e algo que a marca deveria considerar, na minha opinião.



O formato clássico a que o DeathAdder habituou os seus utilizadores permanece inalterado. (Imagem por Razer)

Como não podia deixar de ser, a iluminação do Razer DeathAdder V2 continua a ser um ponto que foca atenções em si devido ao Chroma RGB que já provou ser dos melhores do mercado para quem dá valor a esse tipo de personalização no seu setup.

Apesar de só conter duas áreas de iluminação (logo da Razer na base do rato e o mouse wheel), as cores fortes e os vários efeitos disponíveis (Static, Breathing, Spectrum Cycling, Audio Meter e Reactive) permitem ao mais recente Razer DeathAdder tornar-se ainda mais visualmente apelativo e atrativo.

Algo que criticamos no Razer DeathAdder Elite em 2017 foi a pouca inovação demonstrada em relação ao seu antecessor, algo que já não poderá ser dito do Razer DeathAdder V2.

Embora mantenha em toda a sua estrutura o mesmo formato do Elite e dimensões, o V2 traz consigo melhorias visíveis fruto da diferença de quase quatro anos entre o lançamento de cada versão, alterando os botões imediatamente abaixo do mouse wheel, o cabo do rato e introduzindo "memória on-board" através de um botão no fundo do mesmo para trocar de perfil sem ser necessário aceder ao programa Synapse.


Os 4 anos de diferença entre lançamentos permitiram à Razer apresentar melhorias relativamente ao antecessor do DeathAdder. (Imagem por Razer)

As mudanças no entanto não ficaram por aqui uma vez que o Razer DeathAdder V2 possuir um sensor óptico superior ao do seu antecessor, o Focus+ que é neste momento a referência no que diz respeito a produtos recentes lançados pela Razer.

Contendo switches ópticos no clique com uso de tecnologia de raios infravermelhos, o tempo de resposta do V2 é menor e elimina o risco de duplo clique não intencional, tendo uma durabilidade estimada de 70 milhões de cliques. Juntamente a essa adição, o cabo Speedflex presente é menos rígido que o do Elite, rato que pesa mais 18 gramas que o DeathAdder V2.

A nível de qualidade de construção, o Razer DeathAdder V2 é um rato bastante sólido mas que ainda pode apresentar melhorias futuras a nível do clique, sendo no seu todo bastante balanceado.

As laterais de borracha aumentam o conforto do mesmo para sessões mais longas e o próprio formato em si ajuda bastante, estando no entanto mais destinado a utilizadores com mãos grandes.

As dimensões do Razer DeathAdder V2 continuam a ser bastante maiores do que a grande maioria dos ratos tradicionais (12.7 cm x 4.3 cm x 7.0 cm), podendo causar dificuldades a utilizadores com mãos de dimensões mais pequenas, consoante a forma como pegam no rato.

A melhor adição feita nesta versão continua a ser o cabo Speedflex que pode parecer insignificante mas que realmente permite uma maior mobilidade e variedade de movimentos sem o fio do mesmo estar a perturbar, algo que acontece mais vezes do que aquelas que gostamos de admitir, principalmente para quem não possui um Bungee no seu setup.


O cabo Speedflex é uma das adições chave efetuadas ao Razer DeathAdder V2 e que realmente marcam diferença. (Imagem por Razer)

Pensamentos finais:

Com a análise feita sobre o Razer DeathAdder V2, é hora de olharmos para outros pontos tais como o preço e responder à pergunta se o próprio vale a pena adquirir.

Com um PVP recomendado de 79.99€ na altura do seu lançamento, o produto pode ser encontrado a nível nacional por preços ligeiramente inferiores mais ainda na casa dos 70-80€, um valor que considero justo para aquele que é o melhor rato com ligação por fio até à data por parte da Razer.

Numa altura em que a qualidade das alternativas sem fio continua a aumentar e com muitos utilizadores a fazer a transição por um preço maior, o DeathAdder V2 apresenta-se como uma boa alternativa para quem aprecia os clássicos e que procura uma versão melhorada do inónico rato.

O preço continua a ser superior em relação a outras alternativas semelhantes mas existem pontos diferenciadores no DeathAdder V2 que o tornam numa compra mais fácil.


Trailer de apresentação do Razer DeathAdder V2.

Pontos Positivos do Rato:

  • As melhorias a nível do cabo permitem uma maior liberdade de movimentos;
  • O sensor Focus+ é bastante preciso e traz consigo uma boa performance;
  • Manteve a fórmula ergonómica e comfortável.

Pontos Negativos do Rato:

  • Existem alternativas semelhantes com preços mais em conta;
  • Dimensões podem revelar-se desconfortáveis e não indicadas para alguns utlizadores.

Nota FRAGlíder: 8.5/10

Esta review foi escrita por @fragkazac