O FRAGlíder conversou com André “Mucha” Muchagata para um balanço do que foi a primeira metade do ano no CS:GO português. O caster elegeu os melhores do ano até ao momento, falou das desilusões e do que espera ver daqui para a frente em Portugal.
Melhor jogador: João “story” Vieira
A escolha de story é uma escolha que “não é preciso pensar muito”, disse Mucha. Apesar de admitir que “desde do início do ano até ao player break teve algumas alturas menos boas, tal como todos”, Mucha vê como fator diferencial “o facto de ter sido o melhor jogador da equipa em duas das três maiores conquistas, a ESL Masters España e a MLP, e ainda foi sacar a Retake depois da mudança para a SAW”.
Jogador revelação: Rafael “arrozdoce” Wing
O jogador da For The Win é para Mucha a grande revelação do ano. “Teve um papel fundamental no crescimento da equipa, não só pelas suas muito boas exibições, mas principalmente pela eficácia que apresentou nas suas missões, quer a atacar e principalmente a defender, onde nos deu grandes momentos em vários 1 para X”, justificou.
Melhor equipa: FTW
“É mais uma escolha óbvia”, afirmou Mucha. “Nunca entraram como favoritos nas competições e conseguiram surpreender mais do que uma vez. Foi muito interessante ver em vários momentos a forma como a equipa, apesar de pouco experiente em termos internacionais, conseguiu reviravoltas incríveis e nunca se deixou abalar pelos teoricamente mais fortes”, acrescentou.
Equipa revelação: FTW
Mucha manteve a fénix nas suas escolhas e apresentou também a equipa como revelação da temporada. “Tenho de os apontar novamente pelo grande crescimento que foram tendo. Ainda me lembro do início da temporada, na NumberOne S2, em que voltaram a encontrar os Ambush, terem perdido com eles na S3, o excelente segundo qualificador para o RMR e depois a cereja no topo do bolo com as conquistas que tiveram”.
Equipa que desiludiu: SAW
No capítulo das desilusões, Mucha não teve dúvidas em escolher a equipa de Christopher “MUTiRiS” Fernandes. “A partir do momento em que a tua melhor equipa portuguesa, aquela que te voltou a fazer acreditar que vamos ser felizes em torneios internacionais, não consegue dar o tão tentado salto nesse panorama apesar de ter ficado a segundos do Major e acaba por falhar nas competições domésticas, tem de ser considerado um fracasso. Daí também as mudanças”, justificou.
“Ainda estamos muito longe no período de maturação”
Para a próxima temporada, Mucha gostaria de “continuar a ver o crescimento do jogador ‘standard’ português”. “Comparativamente a outros países, acho que ainda estamos muito longe no que toca ao período de maturação. Temos visto em vários países jogadores com 16, 17 anos e já com um conhecimento do jogo muito interessante. O nosso diria que está perto dos 19, 20 anos. Não é muito mais, mas já é uma idade em que os jogadores começam a ter de pensar se devem escolher outro caminho porque ainda estão longe de serem profissionais”, afirmou.
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