Denis “electroNic” Sharipov é hoje um in-game leader melhor do que Kirill “Boombl4” Mikhailov era. Quem o diz é o treinador da NAVI, Andrii “B1ad3” Horodenskiy, que admite ainda que o jogador russo continua a ser um projeto em desenvolvimento na função.

“O processo ainda está em curso a 100% e é pouco provável que acelere porque o Denis já está num estado de desenvolvimento um pouco diferente. Não estamos a falar de um rapaz de 17 anos. É uma pessoa que já formou algum tipo de pensamento analítico. Como ele processa a informação, como a organiza, tudo isso tem um impacto”, começou por explicar, em entrevista aos canais oficiais da organização.

“Nesse sentido, ele consegue frequentemente encontrar algumas coisas durante uma ronda nas quais mergulha e começa a destruir o jogo do adversário ou inicia atividade que vai acabar em algo incerto, mas que é o suficiente para lançar a ronda. Quando acabar, vai ser ou não bem sucedida, mas vai pelo menos criar um fosso na defesa ou ataque do adversário. O sistema vai ficar ligeiramente destruído, continuou a elaborar.

Na mente de B1ad3 não existem dúvidas: “Quando ele está ativo e completamente comprometido, é difícil para ele conseguir coordenar. É o estilo de jogador que ele é. Ao mesmo tempo, posso dizer seguramente que hoje o Denis é um melhor IGL do que o Boombl4 era“.

O treinador apontou ainda alguns defeitos a Boombl4 na hora de comparar ambos:Ele percebe o jogo muito melhor do que o Kirill percebia. O Kirill conseguia estruturar tudo um bocadinho melhor. O que quero dizer é que discutíamos certas coisas e como deviam ser feitas. Tínhamos um sistema. Assim sendo, ele tinha tudo um pouco mais estruturado, mas faltavam-lhe algumas calls de qualidade em determinada situação. As calls dele eram um pouco pobres em grande parte do tempo, mas com o Denis é o contrário, embora ao mesmo tempo ele não esteja habituado a sistematizar o jogo do adversário e o que fazer em certas circunstâncias”. 

Não estou a tentar forçá-lo a mudar, porque é a forma dele pensar e isso não pode ser alterado. Tento manobrar de alguma forma, encontrar um equilíbrio, ajustar algumas rondas, algumas calls e por aí fora. Para além disso, temos os jogadores a ajudá-lo, o que é importante para que ele não fique sobrecarregado e os jogadores tenham a responsabilidade de ser proativos e não tenham medo de o ser”.

“Estamos a trabalhar numa direção de não mudar a forma do Denis pensar, mas de ter os jogadores a ajudá-lo a fazer o seu trabalho”, concluiu.