Numa entrevista dada ao VICE France, Dan “apEX” Madesclaire, jogador de CS:GO francês, falou acerca da temporada de 2022 ao serviço da Vitality, os objetivos para 2023 e o atual estado do Counter-Strike francês.

A conversa entre o portal e o francês começou pelo Major no Rio, sobre o qual referiu o seguinte: “Foi um momento complicado para nós. Pensando bem, chegamos ao torneio completamente exaustos. A primeira parte do Major não correu nada bem. Claramente não estávamos ao nosso nível”.

Dan “apEX” Madesclaire explicou que a sucessão de torneios que a equipa teve, sem conseguir descansar suficentemente, foram a grande causa da sua queda no IEM Rio Major. O jogador visou que a equipa chegou de rastos ao Brasil. O atleta referiu ainda que durante o Major teve uma grande discussão com Danny “zonic” Sørensen, treinador da equipa, acerca daquilo que precisava de mudar para a temporada de 2023.

Acerca da passagem da Vitality para uma equipa internacional, o francês respondeu falou de como tinha uma ideia errada: “No início, pensávamos que iria ser simples, mas depois percebemos que era algo que ia demorar a encaixar. Mas a boa notícia é que pode funcionar, como na FaZe. É preciso entender que existem grandes diferenças culturais entre os jogadores. Por exemplo, os franceses falam muito, gritam e são muito ativos na comunicação dentro do jogo, enquanto os dinamarqueses são muito mais calmos”.

Questionado acerca da importância do Major de Paris, apEX foi perentório: “Paris é o sonho final. O primeiro passo será jogar na arena diante do público francês. Todos os jogadores da equipa percebem o quanto isso é importante para o Zywoo e para mim. É uma chance única, um sonho. Eu quero ganhar. A preparação para Paris já começou e vamos fazer de tudo e dar tudo para fazer algo grande”.

apEX e o estado atual do Counter-Strike francês

O jogador falou ainda acerca do atual estado do Counter-Strike francês: “Eu e o Zywoo temos mais chances de nos qualificar para o Major – embora eu tenha esperança na Falcons. Mas sabemos que somos os mais esperados. Lutei durante anos para que o CS francês se mantivesse no topo. Não poderíamos fazê-lo ao longo do tempo porque o cenário francês não se está a renovar o suficiente. Apesar de tudo, continuamos basicamente franceses, Vitality é francês”.

Quando olhas para o cenário dinamarquês ou russo, eles sempre conseguem estar no topo todos os anos. É certo que têm mais jogadores, mas têm essa vontade de passar aos jovens depois da carreira. Em França, somos pioneiros no Counter-Strike, só que muitos jogadores em final de carreira não quiseram transmitir isso. Poderíamos ter sido muito melhores nisso”, rematou.

Com grandes objetivos para o Major que se vai realizar no país onde nasceu, Dan “apEX” Madesclaire quer dar uma alegria aos fãs de Counter-Strike franceses.

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