Continuamos a olhar para a temporada transata no CS:GO nacional e, desta vez, contamos com Gustavo “Juve” Alexandre a fazer o seu balanço.

Apesar de atuar como treinador da britânica Into The Breach, Juve não tira os olhos do panorama português. Afinal, foi este cenário que o viu crescer e que, até há pouco tempo, contava com ele como treinador da FTW. Agora, Gustavo Alexandre fala-nos sobre equipas e jogadores nacionais, bem como sobre o que gostaria de ver na próxima temporada.

Melhor jogador: Christopher “MUTiRiS” Fernandes

Mesmo com o papel de IGL, “que teoricamente prejudica sempre”, Juve acredita que “basta rever os jogos da SAW no POV da mesma” para “perceber o impacto que este teve e a forma como a sua performance esteve ao longo destes 7 meses.”

Jogador revelação: Michel “ewjerkz” Magalhães

Para Juve, ewjerkz merece ser nomeado o jogador revelação da primeira metade do ano “pela performance e consistência que teve ao longo destes sete meses”, e isto tudo apesar de o jogador ter “menos experiência mesmo em LAN ou torneios internacionais, comparando a outros.”

Juve vê na FTW e em ewjerkz dois dos grandes destaques desta primeira metade do ano

Melhor equipa: SAW

Juve sabe que a FTW venceu os confrontos diretos e conquistou torneios importantes, mas não escolhe a fénix como “melhor, mas sim como revelação”, pois “não se pode esquecer” aquilo que a SAW fez.

“Apesar da infelicidade na Península Ibérica”, os “warriors” tiveram bons momentos lá, “sendo um deles o do RMR, onde depois na fase de grupos, dentro do grupo da morte, ficaram a um tiro do Major.” Mais ainda, recorda o treinador, “chegaram por duas vezes ao top 4 da ESL Challenger, entre outros torneios, onde tiveram um impacto internacional grande.”

Equipa revelação: For The Win

“Simplesmente pelo que já referi na escolha da melhor equipa: pela surpresa das vitórias da MLP e ESL e pela qualificação para a Pro League”, diz Juve, que no passado chegou a atuar como treinador desta organização.

Equipa que desiludiu: Fourteen

Acima de tudo, Juve sabe que os jogadores da Fourteen têm “qualidade”, mas “os resultados que tiveram nos torneios em que participaram ficaram muito aquém”.

Juve esperava mais de fox e companhia

“Quero ver o desenvolvimento da SAW”

Com os olhos postos na próxima temporada, Juve termina este balanço por dizer que quer estar particularmente atento ao “desenvolvimento da SAW com o novo alinhamento.” Mas o português vai mais longe e nota também algo que gostaria de ver no cenário nacional.

“Gostava que, de uma vez por todas, o resto do povo acabasse os tachos e o jogar com amigos ou por dinheiro ou porque convém”, refere. Para Juve, é particularmente desagradável ver isso mesmo e jogadores que “não querem ouvir, não querem treinar, não querem meter mais horas ou que não são rigorosos com horários ou mesmo com ambiente e por aí em diante.”

Neste momento, estamos num período de player break, embora aconteçam algumas competições pontuais. No entanto, não falta muito até que possamos voltar a ver projetos nacionais a defrontam-se entre si em competições como Master League Portugal.

Podes também ver o balanço de Igor “PIKA” Martins aqui.