A SAW derrotou a FTW por 2-0 na OMEN WGR Retake Grande Final. Depois deste duelo, Christopher “MUTiRiS” Fernandes foi entrevistado na transmissão oficial deste torneio.
Depois de um dia em cheio para a SAW, onde conquistaram a ESL Challenger League Season 43 e a OMEN WGR Retake Grande Final, MUTiRiS começou por revelar que foi um dia cansativo, embora a equipa já tivesse mentalizada que ia ser assim.
O In-Game Leader começou por fazer uma retrospetiva deste ano 2022 para a sua equipa. “Se tivesse uma palavra para nos descrever seria os lutadores ou a garra. Eu penso nos SAW e nós nunca desistimos de alcançar algo que nunca foi alcançado em Portugal. Não é que isso seja algo que tenhamos na cabeça, mas temos a mentalidade que queremos evoluir. Na primeira metade do ano conseguimos com muito esforço, mas sentíamos que precisávamos de mudar alguma coisa. Nesta segunda metade, desde as trocas, sabíamos que íamos ter que jogar certas finais e se calhar perdê-las, que íamos ter de trabalhar muito. Apesar de sabermos que o ewjerkz e o story vinham de ganhar títulos, é sempre diferente entrar nos SAW“.
“Hoje ganhamos a ESL Challenger e senti que se calhar a final que já perdemos para o mesmo torneio contra os Entropiq, ou certas finais que já perdemos, ajudaram com que hoje certos momento de pressão corressem melhor, porque já vivemos aquilo. Mesmo em situações muito complicadas, a equipa soube lutar. Tenho um orgulho enorme de fazer parte desta equipa porque sei o quanto o pessoal está a lutar para evoluir e atingirmos outros palcos“ acrescentou.
O caster André “Mucha” Muchagata questionou o jogador de 29 anos sobre qual das equipas achou melhor no seu pico de forma, se a que representou a SAW anteriormente, se esta com as duas alterações que fizeram, ao que MUTiRiS respondeu: “Eu não gosto muito de comparar os tempos da equipas. Eu acho que este é o nosso melhor momento, até porque nós sabemos o quão difícil é ganhar torneios internacionais e nós conseguimos ganhar a Elisa e a Challenger. No RMR, com a outra foi o 2-3 e tivemos a pouquinho de chegar lá e com esta foi um 0-3. No fundo, acho que foi importante isto acontecer porque o pessoal tem de ganhar alguma experiência. Por isso, respodendo-te diretamente à pergunta que fizeste, acho que esta equipa ainda tem muito para evoluir e acho que esta é a melhor equipa, por vários fatores”.
A SAW tem vindo a conquistar espaço no panorama internacional e quando questionado as dificuldade que os warriors poderiam sentir no futuro, uma vez que vão ser mais estudados e toda a gente vai procurar saber o que eles fazem, o In-Game Leader português disse: “Acho que Portugal está a um bom nível, o que estraga um bocado isto tudo é as trocas que existem. Algumas equipas portuguesas andam aí um mês a partir tudo e depois parece que baixam. Mas eu acho que isso de reinventar nós temos os verdadeiros testes aqui em Portugal”.
“A nós custa-nos mais certos torneios portugueses do que internacionais, porque aqui toda a gente vê os nossos jogos e sabe o que fazemos. Isso requer que a nossa equipa esteja sempre a adaptar. O mais importante é evoluir como equipa porque essas equipa sempre existiram” atirou.
Para terminar a entrevista, o atleta foi convidado a falar sobre a adição de Anubis à map pool, ao que respondeu: “Neste momento ainda não treinámos nada. Jogámos umas FACEITs juntos e íamos vendo os jogos da BLAST, porque um mapa novo dá sempre aquela vontade de ver o que a malta vai fazer. O mapa parece-me engraçado, mas só vou conseguir ter uma opinião melhor quando começar a jogá-lo. Eu acho que foi uma boa decisão de parte deles. O que eu não concordo com a VALVE é o timming em que eles fazem as coisas. Por exemplo, nós estávamos numa fase de finais e eles mudaram o Ancient. Bastava esperar uma semana e ninguém ia ter competições. Acho que eles falham muito nisso. Acho que o Anubis vai ser um bom mapa e é algo em que nós enquanto equipa vamos ter de trabalhar agora nas férias”.