À conversa com Richard Lewis, Martin “STYKO” Styk mostrou-se preocupado com o recente caso de Soham “valens” Chowdhury e o facto de este ter usado o famoso “coach bug”. Por isso, o jogador da Apeks questiona se muitos outros não foram também apanhados, tudo isto numa conversa em que Lewis afirma que há uma lista com 27 treinadores suspeitos.
“O que me tem incomodado ultimamente é que valens foi banido pelo uso de coach bug”, diz STYKO, mas teve de o descobrir através de um artigo da Dexerto, assinado por Luís Mira. “Foi um pouco estranho porque contactei a ESIC (Esports Integrity Commission) múltiplas vezes – a história saiu em fevereiro, por isso estou há cerca de um mês a tentar [falar com a ESIC] para ter alguma clarificação sobre o que se está a passar”.
Afinal, em nome da CSPPA, STYKO acha estranho isto só se descobrir agora. “O escândalo aconteceu há dois anos”, por isso, e tendo em conta que outros treinadores já haviam estado envolvidos há muito mais tempo, o jogador questiona: “porque é que o valens não foi investigado?”
“Se queremos apanhar alguém a fazer algo errado, temos de olhar para os melhores”, continua STYKO. “Se o valens passou por baixo do radar, quem mais passou?”, volta a questionar. Para o eslovaco, nesse sentido, “é muito preocupante ver o silêncio da ESIC” – mais tarde, nesta entrevista, diz também que tem sido ignorado.
Entrevistador e entrevistado tocam no matchfixing, mas STYKO está mais preocupado com o facto de “competir num mundo em que sabe que alguns treinadores, que ainda podem estar a treinar equipas hoje, talvez até a ir a Majors”, possam também ter usado o famoso bug de treinador.
Competitive integrity above all.
That’s the tweet that will make more sense in few weeks.
Good night. 🫡
— STYKO (@STYKOcsgo) March 13, 2022
Richard Lewis aborda ainda o facto de já ter visto muitos nomes a usarem uma espécie de coach bug e pergunta-se se estes não terão sido banidos por o bug ser algo diferente ao mais recente e famoso. “Não devia dizer, mas vou dizer: há uma lista [a andar por aí] com 27 nomes nela”, afirmou o jornalista britânico.
“Penso que disseram que não estão a ver manualmente, mas criaram um script que o faz por eles porque demoraram meses” a fazer os primeiros casos. “Claramente tinham a informação se investigaram tudo” e STYKO prossegue por dizer que acredita que alguns não foram revistos.
“Quais são as hipóteses de treinadores de tier 1 – os melhores do mundo, que ainda estão a treinar hoje – não encontraram [o bug] por si próprios?”, questiona ainda STYKO, que não percebe como é que só alguns nomes, como Casper “ruggah” Due, foram banidos por usar o bug durante apenas uma ronda.
Como se não bastasse, STYKO dá ainda a conhecer que, segundo ouviu, o Acordo de Louvre dá nota para que nomes envolvidos nestas questões não possam fazer parte de equipas que estejam nesta parceria com a ESL. No entanto, recorda o eslovaco, valens integra a Evil Geniuses, uma das equipas desse acordo.
Uma coisa, para já, é certa: a CSPPA vai trabalhar mais ativamente para ajudar a colmatar este tipo de lacunas.