Esta quinta-feira, a Valve lançou um comunicado revolucionário no cenário de CS:GO. A partir de 2025, a BLAST e a ESL, não poderão contar com equipas parceiras. Neste novo ecossistema do cenário, os convites para as competições serão mediante o ranking da Valve.
O problema inerente está sediado na falta de oportunidades para os restantes conjuntos do cenário. A BLAST e a ESL são duas empresas que organizam diversas competições e, no seu sistema, as equipas parceiras partilham receitas e são convidadas diretamente para as competições. Isto contrariou a história do jogo que, na sua base, dependia de várias entidades para a organização de torneios e pagamento de prémios.
Através do comunicado emitido, a Valve explica que o “Counter-Strike profissional está a afastar-se do ideal” e, com isto, pretende limitar “as relações comerciais”. Pode ler-se na nota enviada pela empresa responsável pelo Counter:Strike:
“O Counter-Strike está no seu melhor quando as equipas competem em pé de igualdade e quando a capacidade é o único limite para o sucesso.
Ao longo dos últimos anos, temos visto o Counter-Strike profissional a afastar-se desse ideal. O ecossistema tornou-se gradualmente menos aberto, com o acesso aos níveis mais elevados de competição cada vez mais limitado por relações comerciais.
Pensamos que o Counter-Strike deve ser um desporto aberto. Por isso, vamos adicionar novos requisitos para a realização de eventos competitivos de grande escala. Os pormenores ainda estão em curso, mas aqui estão as linhas gerais:
- Os organizadores de torneios deixarão de ter relações comerciais únicas ou outros conflitos de interesse com as equipas que participam nos seus eventos.
- Os convites para todos os torneios utilizarão o nosso sistema de classificação (detalhado aqui) ou serão determinados por eliminatórias abertas.
- Qualquer compensação para as equipas participantes – prémios ou outros – será tornada pública e será orientada por critérios objectivos que podem ser inspeccionados pela comunidade.
Uma vez que os organizadores dos torneios têm compromissos a longo prazo, estes requisitos entrarão em vigor a partir de 2025. Haverá algumas arestas na transição, mas estamos empenhados na saúde a longo prazo do Counter-Strike como desporto e aguardamos com expetativa o seu futuro brilhante e aberto.”
BLAST e ESL pronunciam-se e prometem manter-se no Tier1 competitivo
Após o anúncio da Valve, BLAST e ESL reagiram ao sucedido. A BLAST comunicou, através das redes-sociais, que “a empresa se vai manter como uma parte do CS de Tier1 neste novo ecossistema”.
— BLAST Premier 💥 (@BLASTPremier) August 3, 2023
Já a ESL pronunciou-se através de Ulrich Shulze, vice-presidente da ESL Gaming. No Twitter, o vice-presidente escreveu que a empresa já está “a trabalhar em ajustes” e promete “mais informações no futuro”.
We will shift our tournament revenue sharing model from selected teams to all teams participating starting in 2025. We will announce more details on this in the coming months.
— Ulrich Schulze (@theflyingdj) August 3, 2023
Como este novo ecossistema a entrar em vigor em 2025, teremos de esperar pelos próximos desenvolvimentos. Contudo, as novas regras prometem mudar o rumo dos acontecimentos no cenário.