Vitality venceu este domingo a ESL Pro League S16. A equipa europeia bateu a Liquid na grande final por 3-2.

O encontro decisivo começou em Inferno, mapa que foi escolhido pela Liquid. Os norte-americanos mostraram grande conforto no mapa e a primeira parte foi exemplo disso, já que conseguiram um parcial de 10-5 ao ataque. A margem era, por isso, confortável e a Liquid aproveitou-se dela para fechar o mapa em 16-7 e desferir o primeiro golpe da final.

De Inferno passou-se para Dust2, o primeiro mapa escolhido pela Vitality e onde a equipa europeia deu uma resposta à altura. A um parcial de 9-6 ao ataque seguiu-se um de 7-1 à defesa e o resultado final foi também de 16-7, mas agora a favor do lineup internacional.

Mirage absolutamente épico

O terceiro mapa da série foi Mirage, novamente escolhido pela Liquid. As duas equipas revelaram dificuldades em atacar, mas defesas muito sólidas ao longo do tempo regulamentar e o que parecia um mapa completamente fechado para a Vitality, não o era.

Os europeus venceram a primeira metade por um esclarecedor 11-4 no lado defensivo e pareciam bem encaminhados para passar a liderar a grande final. Porém, a Liquid ainda tinha um truque na manga e conseguiu replicar o sucesso adversário no CT side e forçar o prolongamento.

De prolongamento em prolongamento, foram precisos três tempos extra para finalmente se encontrar um vencedor. Apesar das 51 kills de Mathieu “ZywOo” Herbaut, a vitória sorriu mesmo à Liquid por 25-21.

Overpass, mais um mapa dramático

A série já ia longa, mas ainda era preciso jogar-se, pelo menos, Overpass para se encontrar um vencedor. No segundo mapa escolhido pela Vitality, os europeus arrancaram fortes e conseguiram adiantar-se por 5-0 no T side.

No entanto, a Liquid ainda foi a tempo de dar a volta ao texto e de sair para o intervalo com uma vantagem de 8-7. No arranque da segunda metade, e apesar de ter perdido o pistol round, o conjunto norte-americano conseguiu chegar ao 12-8 e parecia muito perto de fechar a final.

Sem atirar a toalha ao chão, a Vitality conseguiu quatro rondas consecutivas para voltar a empatar o mapa, apenas para acabar a morrer depois na praia. Duas rondas consecutivas a favor dos terroristas deixaram o resultado em 14-12 e a Vitality sem economia para trabalhar.

Os europeus apostaram as fichas todas na 27.ª ronda e conseguiram fazer com que funcionasse, o que reverteu por completo os papéis. Agora era a economia da Liquid a estar frágil e a equipa de Dan “apEX” Madesclaire aproveitou-se disso para chegar ao 15-14 e ao map point, mas não foi capaz de fechar e as duas equipas acabaram novamente no prolongamento.

Desta feita, a balança pendeu para o lado da Vitality. Após uma primeira metade de prolongamento perfeita no CT side, a equipa europeia esteve quase a ver a Liquid fazer o mesmo, mas conseguiu converter o quarto map point e fazer o 19-17.

Vertigo confirmou reviravolta

O último mapa da noite foi Vertigo e a Vitality entrou a todo o gás. Depois de ter ganho o Overpass, a equipa europeia aproveitou o ímpeto e o facto de começar no lado defensivo para abrir uma vantagem de 8-0.

Liquid ainda conseguiu reentrar no encontro nas últimas rondas e transformar uma primeira parte que estava a ser totalmente desequilibrada num 10-5. O resultado não era o ideal para os norte-americanos, mas com uma eventual vitória no pistol round da segunda parte, rapidamente a diferença podia desaparecer.

Contudo, foi a Vitality a vencer a ronda de pistolas que iniciou a segunda parte e a vencer também o anti-force para fazer o 12-5. Numa final marcada em vários momentos pela força dos CT sides, era exatamente disso que a Liquid precisava e os norte-americanos começaram a dar um ar da sua graça assim que tiveram economia para trazer rifles para o servidor.

Pouco a pouco, a Liquid reentrou na discussão do encontro e o empate parecia próximo, mas uma ronda “roubada” pela Vitality com pistolas colocou o 14-11 no marcador e os norte-americanos já não tiveram capacidade para impedir o 16-11.

Vitality conseguiu este domingo o primeiro grande título desde que tomou a decisão de montar um lineup internacional. A vitória na ESL Pro League S16 apurou a equipa para a BLAST World Final 2022 e para o IEM Katowice 2023, para além de ter valido 175 mil dólares.