Ao fim de 10 anos, o Counter-Strike: Global Offensive deu lugar ao Counter-Strike 2. A versão que foi lançada em 2013 foi um dos vídeojogos mais jogados no mundo inteiro e elevou o patamar do FPS. Com a chegada de uma nova versão, a equipa da VALVE responsável pelo desenvolvimento do Counter-Strike 2 concedeu uma entrevista à PC Gamer, onde revelou que existem intenções de adicionar novas armas ao vídeojogo.

Os desenvolvedores da VALVE começaram a entrevista por explicar o porquê de ter surgido a necessidade de lançar uma nova versão do videojogo. O CS:GO era um jogo incrível, mas o seu desenvolvimento foi fundamentalmente limitado pela tecnologia envelhecida. À medida que o resto da VALVE fazia a transição para o desenvolvimento no motor Source 2, tornou-se evidente que a melhor maneira de continuar a apoiar o CS era fazer o árduo trabalho de reescrever o jogo no novo motor” começaram por dizer.

O CS2 é verdadeiramente o maior avanço técnico na história do Counter-Strike. O jogo foi construído num motor totalmente novo, com mudanças fundamentais em quase todos os sistemas. Cada mapa foi reescrito no novo motor, cada modelo de arma, cada animação, cada som. Até a forma como os jogadores encontram as partidas foi atualizada. Tanta coisa mudou em relação ao CS:GO que não podíamos considerá-lo o mesmo jogo. Isto não é um spin-off, esta é a próxima iteração da linha principal do Counter-Strike” explicaram os funcionários da empresa norte-americana.

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Seguidamente, os desenvolvedores do Counter-Strike 2 foram convidados a dar a sua opinião sobre os clipes que têm surgido, onde os tiros não registam conforme o que era esperado. “Não é um problema dos servidores sub-tick. É um bug diferente, uma incompatibilidade entre a animação e a hitbox, mas, o importante é que esse clipes ajudaram-nos a isolar o bug específico e a enviar a correção para os clientes”.

Os funcionários da VALVE prosseguiu abordando a questão dos servidores: O objetivo do sub-tick é oferecer a todos uma experiência consistente e independente de ticks, melhor do que a experiência de 64 ou 128 ticks do CS:GO. Na maior parte das vezes, o sistema funciona como planeando”.

 

VALVE planeia inserir novas armas e modos de jogo

“Não é a principal prioridade de momento, mas, planeamos introduzir novas armas no CS2. Estamos sempre a procurar maneiras de dar aos jogadores decisões mais interessantes para tomarem no jogo” revelaram.

Questionados sobre o porquê de alguns modos não competitivos, como a corridas às armas ou mapas comunitários específicos não terem sido introduzidos, os desenvolvedores da nova versão do FPS respondeu: “Esses modos não foram esquecidos. Temos planos de reintroduzir os modos de jogo populares e explorar outros. Dito isto, todos os modos de jogo, independentemente das suas regras, dependem fundamentalmente de uma jogabilidade sólida. Portanto, no curto prazo, temos mantido o nosso desenvolvimento focado nos espaços onde os jogadores passam a maior parte do seu tempo.

 

O sucesso do Dust 2 e uma retrospetiva ao CS:GO

O Dust 2 também foi um tema abordado nesta entrevista. Os funcionários da VALVE responderam à questão sobre o porquê do mapa ter sobrevivido tanto tempo. O Dust 2 acerto em cheio na fórmula daquilo que é um mapa competitivo. Tem boas distâncias entre os bombsite e os spawns das equipas, há rotas suficientes para permitir mudanças táticas, mas, não tantas que deixe as equipas comprometidas. É minimalista e amigável para iniciantes”.

Os desenvolvedores do CS 2 fizeram uma retrospetiva do Counter-Strike: Global Offensive e apontou o maior sucesso e o maior erro da versão do FPS que esteve ativa competitivamente entre 2013 e 2023. Como maior sucesso, apontaram a introdução do matchmaking, uma vez que foi um ponto de viragem para o jogo e para a comunidade em geral, tendo gerado um aumento na retenção de jogadores. Em relação a erros, os funcionários da VALVE afirmaram terem existido diversas falhas, e que grande parte delas foi por não terem conseguido ouvir e entender as necessidades da comunidade.

Em suma, nesta entrevista, os funcionários da VALVE tocaram em vários pontos relativos ao Counter-Strike, dos quais se destacam a intenção da empresa em inserir novas armas no vídeojogo.