Fotografia: Michal Konkol/BLAST

Numa altura em que muitas organizações encontram-se a passar por dificuldades financeiras, a ENCE registou o seu melhor ano a nível financeiro em 2022. A empresa finlandesa registou uma receita de 4 000 000€, dos quais mais de 900 000 são lucro líquido. 

Este lucro apresentado pela ENCE é uma melhoria substancial em relação às contas dos anos anteriores, onde em 2021, apresentou um lucro de 169 000€, e em 2020 um prejuízo de 223 000€. 

O sucesso financeiro desta empresa está bastante ligado à equipa de Counter-Strike: Global Offensive, uma vez que este é o único grande título da organização, que recentemente se separou da equipa de StarCraft e PUBG.

O CEO da ENCE, Mika Kuusisto, disse à HLTV.org que o dinheiro dos stickers gerou uma grande receita para a organização finlandesa.Os stickers do Major geraram uma receita de sete dígitos em 2022. Recorde-se que a equipa liderada por Marco “Snappi” Pfeiffer conseguiu qualificar-se para os dois Majors do ano passado, que decorreram em Antuérpia e no Rio de Janeiro.

Ao contrário de outras organizações, a ENCE não depende de investimento externo para sobreviver, uma vez que o modelo de gestão sempre procurou que a empresa finlandesa fosse sustentável, tal como refere o CEO. Desde o primeiro dia, estruturamos o nosso negócio para ser sustentável e não baseado em investimentos. Na verdade, até ao momento, arrecadámos 0 euros dos investidores, e lucrámos sempre, excluindo em 2020, quando o COVID nos atingiu”.

Mika Kuusisto falou ainda do futuro da empresa, abordando que o facto de que a empresa não vai conseguir quebrar o recorde de receitas em 2023, devido ao facto de haver apenas um Major de CS:GO, mas afirmou que a ENCE ia procurar crescer com parcerias e patrocínios.

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O mercado dos esports passa neste momento algumas dificuldades, com a Heroic a estar perto de ser vendida, depois da empresa dinamarquesa ter apresentado milhões de euros de prejuízo no relatório anual. A FaZe é outras das organizações que passa dificuldades financeiras, tendo demitido 40% do staff, recentemente, e com um dos donos a informar que a empresa norte-americana estava a perder mais de $700 000 com a divisão de esports.