A FaZe encontra-se na Grande Final do Grupo B da BLAST Premier: Spring Groups 2023, onde irá disputar uma vaga na Spring Finals. Durante este torneio Finn “karrigan” Andersen concedeu uma entrevista à Pley onde abordou a função de In-Game Leader.

O atleta da FaZe começou esta entrevista por revelar como foi receber o prémio de In-Game Leader do ano. “Ganhar o prémio foi fantástico, mas, na minha cabeça isso já foi no ano passado. Já começou um novo ano e se calhar neste momento não sou o melhor IGL, mas vou lutar para renovar esse título novamente. Obviamente este prémio significa bastante, porque é sempre bom ter algum reconhecimento” afirmou.

De seguida, karrigan foi questionado se achava que a comunidade dava pouco valor ao trabalho de um IGL e se considera que deveria ser dado mais mérito a quem está nesta posição. O dinamarquês respondeu: “Acho que vai ser sempre assim. A minha carreira foi sempre assim, sempre joguei com atletas muito bons e fiz tudo o que podia para eles jogarem ainda melhor. Contudo, quando perdemos a culpa é minha, quando ganhamos são eles que estão a jogar muito bem. É muito difícil darem os devidos créditos a um IGL, mas faz parte do trabalho”.

O jogador de 32 anos abordou a questão de como medir o impacto de um IGL numa equipa. “Há varios fatores que estão em jogo. O treinador pode fazer um grande trabalho e colocar a equipa a jogar junta, talvez não seja apenas um mas dois IGLs. Depois vamos olhar para as estatísticas no T side, mas isso também depende dos mapas que a equipa joga. Por exemplo, uma equipa joga muito Inferno, mas não joga Ancient, isso significa que as estatística no T side vão ser melhores, obviamente. Portanto, na minha opinião, não há nada que possa ser feito em relação a isto” afirmou.

karrigan abordou o que acha ser o futuro para a posição de In-Game Leader. “Não creio que a posição de IGL vá desaparecer, mas poderá ser ligeiramente modificada. Atualemente, vemos jogadores como o Jame e o cadiaN que desempenham a função de AWPers e dão as calls, e temos ainda um jogador mais velho como eu que conquista informação e tenta mover as peças. São estilos diferentes, mas espero que isso permaneça no jogo. Não creio que a posição de IGL vá desaparecer, a VALVE deixou isso bem claro ao proibir os treinadores de falar durante as rondas.

O dinamarquês terminou a entrevista dando a sua opinião sobre se um jogador pode ser star player e In-Gamer Leader ao mesmo tempo, com electroNic a servir de exemplo, uma vez que as estatísticas individuais do jogador russo caíram após se tornar IGL da NAVI. Creio que exercerem essa posição no final da carreira faz sentido, mas quando estão no topo, como é o caso do NiKo e do electroNic, não acho que seja o melhor caminho a seguircomeçou por dizer.

“Na minha opinião, quando os jogadores já não estão na melhor fase faz sentido fazerem a transição para IGL, porque quando o fizerem é muito difícil de voltarem ao que eram. Não existiram muitos jogadores que foram bem-sucedidos a serem o star player e caller simultâneamente. A curto prazo, 6 ou 12 meses sim, mas a longo prazo é algo muito difícil e que se tem que gostar muito, porque caso contrário vão-se fartar rapidamente de passar o dia a treinar e ver demos” concluiu.

Em suma, karrigan acredita que a posição de In-Game Leader é algo desvalorizada, porém, admite que é difícil reconhecer quando um jogador é bom a desempenhar esta função. O dinamarquês acredita que esta posição não deverá ser ocupada por star players, uma vez que por norma, desempenhar a mesma acaba por prejudicar a performance individual de quem a desempenha.