Fotografia: PGL

Renato “stadodo” Gonçalves já reagiu à saída da SAW. Numa transmissão feita esta quinta-feira na Twitch, o agora ex-jogador da melhor equipa portuguesa no ranking mundial abriu a caixa de perguntas aos seguidores e falou abertamente sobre a saída.

O AWP deixou claro que aceitou a decisão, mas que não concorda com a mesma. “No fundo, sinto-me muito injustiçdo. Por um lado compreendo a decisão, por outro não compreendo. Continuo a achar que não há melhor jogador que eu para estar ali”, disse.

As mudanças na equipa, que também levam às saídas de Omar “arki” Chakkor e Rui “vts” Soares, acabaram por não surpreender stadodo: “Já esperava, pelo simples facto de que a nossa equipa já não andava bem há muito tempo. Não era de agora. Eu próprio já tinha pensado em ir para o banco, mas estás a jogar na melhor equipa portuguesa, com os melhores jogadores e nunca vais pensar a fundo em querer sair”.

O jogador português recusou encontrar culpados e garantiu que todos tentaram o seu melhor para resolver os problemas na equipa, mas atribuiu alguma culpa a si mesmo pelo momento de forma atual. “Eu fui o grande culpado, porque aceitei limitar-me a certas coisas dentro da equipa”, afirmou, em relação ao seu estilo de jogo mais passivo.

Durante a estadia na SAW, stadodo também teve uma curta passagem pela função de IGL. Questionado sobre essa fase, o jogador foi muito direto: “Nem quero falar sobre isso. A altura de IGL não foi bem um erro, mas é impossível alguém dar IGL naquela equipa que não o MUTiRiS.

Apesar de garantir que não é “pessoa de guardar rancores” e que aceitou a decisão, stadodo mostrou-se algo desiludido com a forma como a saída se deu. “Para mim o que mais me custou foi a forma como as coisas foram comunicadas, como foram feitas. Não foi feito de forma ideal, mas compreendo que não haja forma fácil de o fazer. O que foi feito, acho que foi a pior forma que podia ter sido”, disse.

Para o futuro da organização, o jogador de 25 anos é da opinião que “há muita coisa que tem que mudar e espero que eles consigam ver isso e tenham a força para o fazer”, garantindo ainda que só vê uma pessoa para ocupar o lugar de AWP: “Para entrar só vejo um, que é o story. Ir buscar um AWP estrangeiro está fora de questão para mim, acho que não querem tomar essa decisão”.

Quanto ao próximo desafio, stadodo assegurou que as propostas ainda não surgiram, mas que o futuro continua a passar pelo CS:GO. O jogador português garantiu também que “ser IGL é uma das prioridades” e que vai conjugar essa função com a de AWP, caso monte um projeto de raiz. “Se montar um projeto e conseguir os quatro jogadores que idealizo, vou continuar a ser AWP e IGL, concluiu.