O verão chegou, oficialmente, na última semana. Isto quer dizer que, a qualquer momento, a Valve poderá lançar o Counter-Strike 2. Como tal, o FRAGlíder esteve à conversa com Igor “PIKA” Martins, que nos falou sobre o novo fps da Valve.

“Eu ainda não tive acesso ao jogo, mas fui vendo muitas coisas relativamente aos pequenos updates e acho que será uma transição positiva, porque estamos a olhar para uma nova versão. Vai gerar hype e vai trazer mais gente para o jogo. Sabemos que o CS:GO tem batido recordes sucessivos de jogadores, mas acredito que com o CS2 as coisas possam atingir um novo patamar, tentando trazer a vertente competitiva, mas, ao mesmo tempo, dar espaço à comunidade para brincar no jogo. Acho que isso pode acabar por acontecer com novas operações, mais mapas e com a parte estética do jogo. Espero que seja uma transição lenta, para que corra tudo bem”, começou por dizer o analista.

A transição no cenário competitivo

Relativamente ao cenário competitivo, Igor “PIKA” Martins afirmou que não ficará surpreendido se existirem surpresas: “Pode parecer uma ideia um pouco fora da caixa, mas eu não me admirava que passássemos por uma transição, onde as equipas do Tier 2 se sobrepusessem várias vezes a equipas de Tier 1. Isto porque são aquelas equipas que muitas vezes vão à procura de saber mais e são mais chatas em busca de descobrir pequenos pormenores. Na minha opinião, as equipas de Tier 1 trabalham de forma mais objetiva, enquanto as de Tier 2 acabam por perder mais tempo, que lhes permite ganhar alguns recursos extra. Teremos de esperar para ver, mas se várias equipas de Tier 2 bateram equipas superiores no início do CS2 não será uma surpresa para mim.”

Pontos positivos e negativos do Counter-Strike 2

Ainda sem acesso ao jogo, o caster português apontou os pontos positivos e negativos do novo fps: “Em termos de aspetos positivos, eu acho que tudo o que são alterações e que te força a ter uma nova meta dentro do jogo, faz com que os jogadores voltem a ter interesse em aprender. Temos visto, inclusive no cenário internacional, vários jogadores a querer voltar a competir e a dizer que o CS2 lhes está a puxar novamente o ‘bichinho’. Eu acho que esse é um dos pontos positivos. Acho que a questão das smokes é interessante pensar como será adaptado do ponto de vista competitivo. Há também o novo tickrate que vai acabar por surgir, que pode dar uma dinâmica melhor para quem não joga tanto a vertente competitiva.”

“Tem se falado também do HUD, que acho que vai ser interessante também de perceber como se irá aplicar competitivamente. Por exemplo, tu agora não podes trazer todas as armas que queres. Tens que fazer uma seleção, que te irá fazer ajustar em certos mapas ou posições. Isso também é uma das alterações que eu gosto. Relativamente aos aspetos negativos, algo que não gostei muito é a interface do jogo, onde há alguns pormenores que eu acho que podiam ser descartáveis. Eu percebo que existe a vertente mais animada e que é giro veres as cartas em baixo quando fazes matas alguém. Porém, isso para mim é um pouco insignificante, porque se estiveres a competir, não vais olhar para baixo antes de olhar para cima para saber se o mataste. Fica bonito, mas não acho que seja assim tão interessante”, rematou.

Previsto para sair no verão, a comunidade de Counter-Strike conta os dias para que o novo jogo sai oficialmente. Atualmente o Counter-Strike 2 está em modo de teste limitado, onde apenas algumas pessoas têm acesso ao jogo.