O melhor jogador do Mundo de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), Oleksandr “s1mple” Kostyliev, teceu vários comentários sobre as primeiras impressões em relação ao Counter-Strike 2 (CS2). Numa entrevista conduzida por Chad “SPUNJ” Burchill e Alex “Machine” Richardson, o jogador da NAVI analisou várias questões.

Em primeiro lugar, s1mple revelou que a reação da equipa quando se juntou pela primeira vez para analisar o jogo foi de surpresa. “Ficaram surpreendidos, mas no bom sentido, por ser algo novo”, disse. Num tom mais pessoal e já depois de ter testado o jogo, o ucraniano não notou grandes diferenças em termos de mecânicas: “Sinto que é a mesma coisa”.

O CS2 promete trazer várias funcionalidades novas, mas nem todas agradam ao AWPer. “O tickrate… não o entendo. Vi jogadores no FACEIT e não sei como sentiram o jogo lá, mas no matchmaking é um pouco estranho. Vi alguns jogadores dos Estados Unidos a jogar com europeus e aquilo fica estranho por vezes”, explicou.

A questão das smokes abrirem com as balas também tem sido um dos mais populares temas de conversa entre a comunidade. Na opinião de s1mple, a nova forma das smokes “é algo novo que as pessoas precisam de aprender”, mas podiam ser melhores. “Sinto que ainda vão mudar. Neste momento, os buracos na smoke duram 2 ou 3 segundos, é muito tempo, opinou.

Outro problema que o jogador ucraniano encontrou foi em relação ao som. “Não gosto do som neste jogo. É tão diferente. Acho que não é boa ideia mostrar no radar aquilo que estás a ouvir. Deves perceber as coisas sem esses detalhes”, afirmou.

Para além de apontar aquilo que acha que não funciona tão bem, s1mple deixou algumas sugestões de aspetos que gostava de ver implementados e que podiam aumentar o número de jogadores de CS. “Quero um sistema de classificação como o VALORANT e o Dota têm. Jogaria matchmaking para chegar ao primeiro lugar”, garantiu o jogador de 25 anos.

Mas s1mple fez ainda mais um pedido: “Lembro-me que na altura do DreamHack Open Cluj-Napoca 2015, o pick’em da Valve dava a hipótese de escolheres jogadores e atribuir uma função. Toda a gente escolhia, por exemplo, o ScreaM como máquina dos headshots. Mas parece que só fizeram isso uma vez e eu gostaria que fizessem mais vezes. Vai atrair mais jogadores, assim como um battle pass como no Dota 2, por exemplo. Precisamos de coisas assim”.

O jogador da Ucrânia foi ainda questionado sobre se a transição do CS:GO para o CS2 marcará o fim de várias carreiras de jogadores mais velhos. “Acho que vão tentar chegar ao primeiro Major de CS2. Acho que podem continuar a jogar”, rematou.